A Guerra Mundo

Biden abordará com parceiros do G7 possíveis novas sanções à Rússia

Foto EPA
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O Presidente norte-americano, Joe Biden, falará esta semana com os membros do G7 sobre a possibilidade de impor sanções adicionais à Rússia devido à invasão da Ucrânia.

"Estamos sempre abertos a sanções adicionais, e consultei os membros do G7 esta semana sobre o que vamos fazer ou não fazer", disse hoje Biden a repórteres, quando questionado sobre a nova rodada de sanções anunciada pela Comissão Europeia (CE).

O G7, grupo formado pelas economias avançadas do mundo, inclui Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos da América (EUA), e as suas reuniões também integram representantes europeus.

A CE propôs hoje um veto progressivo às compras europeias de petróleo russo até ao final do ano.

O anúncio ocorre quase um mês após os EUA terem decidido proibir as importações de petróleo, gás natural e carvão da Rússia como punição pela invasão da Ucrânia.

A Comissão Europeia também anunciou hoje a proposta de sancionar os militares de alta patente responsáveis pelos massacres de civis em Bucha ou Mariupol, duas cidades ucranianas devastadas após a ocupação russa e símbolos do sofrimento civil durante a invasão.

A Rússia iniciou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar o país vizinho para segurança da Rússia -, condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

Cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia, e a guerra, que entrou hoje no 70.º dia, causou até agora a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, mais de 5,5 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que a classifica como a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A ONU confirmou hoje que 3.238 civis morreram e 3.397 ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.