Trinta e dois refugiados a estudar no ensino superior português
Trinta e dois ucranianos beneficiários de proteção temporária já estão a estudar no ensino superior português, revelou hoje o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Segundo Pedro Teixeira, que falava durante a audição da discussão e apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), há ainda sete pedidos de estudantes que querem ingressar nas universidades para completar a sua formação, de forma a poderem exercer a sua profissão em Portugal.
O número é, no entanto, significativamente inferior em comparação com os pedidos de informação às instituições que, de acordo com o responsável, já receberam centenas de contactos, a maioria dos quais sem concretização posterior.
"Muitos destes cidadãos estão na expectativa que a situação seja temporária e, por isso, ainda sentem pouca vontade de avançar", referiu, acrescentando que muitos estudantes continuam, por outro lado, a acompanhar as aulas 'online'.
O balanço foi feito em resposta à deputada da Iniciativa Liberal Carla Castro, que questionou a equipa ministerial sobre a integração de alunos beneficiários de proteção temporária na sequência da guerra na Ucrânia, prioridade apontada na proposta do executivo para o OE2022.
O documento prevê que os universitários que frequentavam o ensino superior ucraniano no início da invasão russa possam entrar nas instituições portuguesas "através de vias de ingresso apropriadas" e assegura também a atribuição "dos apoios sociais adequados".