‘A Ilha da Madeira na Rota da Diáspora Judaica (Séculos XIX-XX)’ é um “trabalho magnífico de tamanha relevância”
A Secretaria Regional de Turismo e Cultura, através da Direção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira, apresentou, esta tarde, o livro ‘A Ilha da Madeira na Rota da Diáspora Judaica (Séculos XIX-XX)’, da autoria de Sílvia Natacha Pereira.
O presente livro pretende acompanhar a presença de judeus na ilha da Madeira nos séculos XIX e XX, no âmbito da diáspora judaica no mundo, tendo em conta o contexto nacional e internacional de cada época. No caso da Madeira, a presença desta comunidade confunde-se com a própria história da ilha, uma vez que acompanha não só os ciclos económicos da Região ligados ao comércio do vinho e do bordado, mas também do turismo, enquanto estância de cura e convalescença da Europa. Esta obra vem assim demonstrar a importância dos judeus que viveram e passaram pela Região.
Na apresentação, a autora Sílvia Natacha Pereira destacou que esta obra “não pretender ser um livro de memórias, de viagens, de história, de tema religioso ou de relações internacionais”, mas sim um “livro com pessoas lá dentro”, surgindo com o propósito de dar voz à história destas gentes, "que não tinham quem escrevesse" sobre a mesma. Gentes essas que se “encantaram com a paisagens da Madeira e sentiram-se atraídos pela ilha”.
O que guardo de melhor do que este livro tem, não é só o que está aqui escrito, mas o percurso que o marcou até aqui e a relação que criei com as suas histórias Sílvia Natacha Pereira, autora do livro
Considerando ser um “trabalho magnífico” não só pela sua dimensão história, cultural, mas acima de tudo, pelo serviço que também presta numa dimensão turística, Eduardo Jesus, secretário regional de Turismo e Cultura, destacou que não se trata de "um tema qualquer” e que é algo “que não se esgota nesta tese, sendo um ponto de partida para muito mais”.
“A Madeira passa a contar com uma qualificação e conteúdo diferente para se poder lançar por esse mundo fora, também atraindo a curiosidade daqueles que estão mais próximos desta realidade”, frisou, finalizando com inúmeros elogios à autora Natacha, pela “forma respeitosa, séria, dedicada e rigorosa” com que desenvolveu este trabalho e pela “incumbência de produzir um conteúdo de tamanha relevância" e, acima de tudo, "pela forma como o fez”.