Faz falta produzir mais cana-de-açúcar na Madeira. A convicção é do administrador dos Engenhos do Norte, Luís Faria, que hoje desafiou o Governo Regional a incentivar a expansão da produção.

Foi durante a apresentação do novo produto, uma garrafa de 100 ml em spray de rum agrícola da marca 970, destinada a aromatizar pratos, sobremesas e café, que Luís Faria aproveitou a presença do presidente do Governo Regional para desafiar Miguel Albuquerque a “disponibilizar terrenos para jovens agricultores” investirem em ‘canaviais’.

Os Engenhos do Norte absorveram este ano mais de 3.500 toneladas de cana-de-açúcar, o equivalente a 42% da produção total, e mais cana houvesse que teriam capacidade de absorver, armazenar e comercializar, admitiu o administrador. Exclusivamente destinada à produção de rum agrícola da Madeira, a quota de mercado dos Engenhos do Norte equivale a mais de metade do rum produzido na região nos cinco engenhos em funcionamento.

Apesar da ‘fatia de leão’, Luís Faria revela que à mercado que justifica aumentar a produção da cana sacarina e como tal “é preciso fazermos um pouco mais”, disse, referindo-se à Secretaria Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, também representada na cerimónia pelo secretário Humberto Vasconcelos.

O presidente do Governo justificou que a produção de cana, que nos últimos anos foi reduzida das cerca de 11 mil toneladas para as actuais “9 mil e tal toneladas” visou precisamente adequar a produção ao mercado, ou seja, garantir que a produção fosse inteiramente absorvida, o que acontece.

Sem se comprometer em corresponder ao pedido do empresário, Miguel Albuquerque lembrou que o desafio é produzir em cotas adequadas para tirar o melhor partido da qualidade do produto, porque produzir melhor significa também ter mais capacidade de internacionalizar/exportar.

“Ajudar o sector da exportação” foi o compromisso reiterado.

De resto, elogiou a nova aposta dos Engenhos do Norte em colocar no mercado a nova embalagem de rum de 100 ml em spray que permite qualquer aos turistas transportar consigo de avião, neste caso “com valor acrescentado: a imagem, a embalagem, o design e o valor do produto”, disse.