Curto prazo de execução do PRR "é um grande desafio", alerta Marcelo
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, avisou hoje que o "curto prazo de execução" do Plano de Resiliência e Recuperação (PRR) "é um grande desafio" para o país e que "o tempo urge".
"É um grande desafio para todos nós" o curto prazo de tempo de execução do PRR, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, esta tarde, no Porto, à margem da apresentação do estudo "Do pré ao pós pandemia: os novos desafios" e lançamento do Congresso "Portugal Empresarial", promovidos pela AEP - Associação Empresarial de Portugal.
Segundo exemplificou o chefe de Estado, "um investimento qualquer, mesmo que seja um investimento clássico, uma obra pública exige uma série de cumprimento de regras, lançamento de concurso, tramitação de concurso, até ao momento em que efetivamente começa a obra".
"Isso era uma coisa quando nós tínhamos não sei quantos anos pela frente. Quando nós temos prazos que terminam no final de 2024, 2025, nós estamos em meados de 2022. Isto que eu digo eu tenho a certeza que é o que pensa o senhor primeiro-ministro (..) e os senhores ministros e os responsáveis todos, o tempo urge, isto é uma corrida contra o tempo", alertou.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, na corrida à execução do PRR, Portugal não está sozinho: "Mas é aqui, como é em Espanha, como é em toda a União Europeia e há países que estão piores porque tiveram os PRR aprovados mais tarde e vão arrancar ainda mais tarde do que nós", disse.
O chefe de Estado alertou ainda para o facto de haver setores da sociedade que ainda não se aperceberam em que ponto está aquele plano.
"Tenho encontrado em alguns setores da sociedade portuguesa ainda a ideia que vai ser possível mudar muito o PRR (...) como se ele estivesse ainda na fase anterior à sua aprovação", disse,