“O PSD precisa de uma liderança reformista, aberta à sociedade e capaz de liderar um projeto nacional de desenvolvimento para Portugal”, defende Albuquerque
Sublinhando a necessidade do PSD assumir uma liderança mais reformista, aberta à sociedade e capaz de liderar um projecto nacional de desenvolvimento e crescimento para o País, o presidente do PSD-Madeira, Miguel Albuquerque, reconheceu, esta tarde, aquando da sua votação na sede da Rua dos Netos, ter a expectativa de que o candidato do qual foi mandatário nacional vença hoje as eleições.
Na ocasião aproveitou que reforçou os apelos à votação dos militantes da Madeira, de modo a que, mais uma vez, o PSD-Madeira cumpra o seu papel na escolha para a liderança nacional.
Liderança que, no entender do líder dos sociais-democratas madeirenses, precisa de ser efectivamente reajustada. “Neste momento, é fundamental não só unir o partido como incutir, em toda a estrutura partidária, um espirito reformista e de abertura à sociedade, até porque o PSD, para se afirmar como alternativa, tem de ser um partido urbano, moderno e capaz de liderar as grandes agendas de mudança nacional, designadamente aquilo que o país precisa para crescer e empregar as novas gerações qualificadas”, disse, vincando que, para que isso aconteça, “tem de haver capacidade de atrair novos quadros, nos sectores mais dinâmicos e intervenientes da sociedade, nas áreas empresariais, culturais e sociais, tal como no passado e tem de existir uma liderança com capacidade de criar uma equipa, de assumir um diálogo transversal a toda a sociedade e auscultar aquilo que os Portugueses e, em especial, as novas gerações necessitam e esperam para o País”, frisou.
Admitindo que o partido está, a nível nacional, muito desmobilizado e que a escolha numa liderança forte é a única forma de evitar o risco do PSD, que sempre foi uma pedra angular do regime democrático, desaparecer, como aconteceu, por exemplo, na França, Albuquerque frisou esta necessidade tanto mais quando “o Governo do PS precisa de ter uma oposição que faça o escrutínio dos actos do Governo e que seja uma oposição mobilizadora e fiscalizadora”.
Quando confrontado pelos jornalistas sobre a abstenção dos deputados do PSD-Madeira registada ontem ao Orçamento do Estado, o presidente do partido a nível regional reiterou que este sentido de voto se deveu a razões de interesse superior da Região.
Esta é a quarta vez, desde que estou na liderança do Partido, que votamos em dissonância com a bancada parlamentar e vai continuar assim sempre que estejam em causa os interesses da Região