"Nós não podemos aceitar que as grandes empresas internacionais estejam sediadas na Holanda"
Relativamente à aprovação do Orçamento de Estado (OE), o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, afirma que "o que está em causa não é a aprovação do Orçamento de Estado, o que está em causa são as plataformas de entendimento e isto é o que nos vai permitir trabalhar em outros dossiers para o futuro que são importantes não só para a Madeira, mas para o país. Uma delas é começar a pensar no próximo regime do Centro Internacional de Negócios".
"Portugal tem de fazer exigências, no nosso entender, muito importantes que é ter, por exemplo, no Centro Internacional de Negócios, normas atractivas para as empresas tecnológicas internacionais e ter um regime semelhante ao da Holanda para as empresas normais, onde as empresas portuguesas que estão sediadas na Holanda, deviam estar aqui em Portugal, na Madeira", reforçou.
Acrescentou ainda que o Estado deve estar disponível para fazer este lobby porque: "Nós não podemos aceitar que as grandes empresas internacionais estejam sediadas na Holanda porque o regime fiscal da praça holandesa é mais vantajoso que a nossa. Isto não pode ser."
Relativamente à questão sobre o Estado português arranjar formas de atrair empresas, Albuquerque, afirma que para atrair é necessário "exigir que, no próximo regime, estas condições sejam pelo menos semelhantes aqui na Madeira".
"Eu estou disposto a abrir capital da SDM para o Estado português" para que se torne possível a atração das empresas para Portugal.
"Podemos abrir capital no sentido de garantir que o Estado, através de um organismo, (...) estivesse lá sediado porque dá ainda maior credibilidade à afirmação da Madeira".
Sobre a aprovação do OE afirma que "vamos ver".
Já João Neves, secretário de Estado da Economia, disse que o debate pretende que a "concorrência fiscal seja leal", relativamente ao Centro Internacional de Negócios da Madeira.
"Nós para termos capacidade de atração de empresas não basta os elementos de natureza fiscal. Nós temos de ter pessoas qualificadas, condições de atractividade que vão muito para além das questões fiscais". João Neves, secretário de Estado da Economia.
"Aquilo que nós desejamos é trabalhar com o Governo da Madeira (...) para termos condições de atractividade de empresas", referiu o secretário de Estado.
Estas declarações surgiram à margem do evento '#CREATEFUNCHAL', uma organização conjunta entre a Câmara Municipal do Funchal e o ITI - Interactive Technologies Institute.