O FC Porto carimbou hoje o passaporte para a final da Liga portuguesa de basquetebol, ao vencer o Sporting por 95-80, em Lisboa, no terceiro jogo das meias-finais, num triunfo que nunca esteve em perigo.

Com este resultado, os 'dragões' eliminaram os campeões e juntaram-se ao Benfica na final, depois dos 'encarnados' terem levado a melhor face à Oliveirense, também por 3-0 (89-72 e 93-80 na Luz e 75-60 fora).

O 'leão' Shakir Smith foi o melhor marcador do encontro, com 25 pontos, mas quarteto 'azul e branco' composto por Charlon Kloof (23), Miguel Queiroz (15), Vladyslav Voytso (13) e Jon Arledge (12) foi decisivo, com 63 dos 95 pontos dos 'dragões'.

Depois de duas vitórias caseiras (87-68 e 74-71), o FC Porto entrou determinado em carimbar já hoje o passaporte para a final e rapidamente se adiantou no marcador tendo o treinador Luís Magalhães sido obrigado a solicitar uma pausa técnica, quando perdia por 10-2, para fazer correções na equipa.

Com o ambiente ao rubro no pavilhão João Rocha, provando que as animosidades no Dragão Caixa estavam longe de estar esquecidas, os 'leões' reagiram e chegaram ao final do primeiro quarto com uma igualdade (20-20), graças ao cesto de Shakir Smith, em cima da 'buzina'.

Foi, curiosamente, este mesmo jogador que colocou a formação de Alvalade a vencer (28-26), tendo Joshua Patton ampliado de seguida (30-26), corria o minuto 15.

Nesta fase, o FC Porto nada acertava, mas não perdeu o discernimento, conseguiu voltar à condição de vencedor com um lance livre de Charlon Kloof e esteve melhor até ao intervalo, que fechou a ver por oito pontos (38-46).

Se por um lado o FC Porto ia funcionando melhor como equipa, porque até ao intervalo apenas Miguel Correia não tinha pontuado, nos 55 segundos que esteve em campo, por outro o Sporting ia vivendo das iniciativas de Shakir Smith e Diogo Ventura. Os dois tinham, então, 26 dos 38 pontos dos 'leões'.

Um dado que sintetizava na perfeição os primeiros 20 minutos e que vaticinava a segunda parte, já que o treinador Luís Magalhães não conseguiu meter a equipa jogar como um todo e a 'estrela' do Sporting, Travante Williams (acabou o jogo com apenas 10 pontos), estava apagada.

No terceiro quarto, o FC Porto conseguiu superiorizar-se ligeiramente (16-15) e aumentar o avançado para nove pontos (53-62).

Com o passar dos minutos ia aumentando o nervosismo em campo. Moncho López olhava para os jogadores, apontava para a zona das têmporas, num sinal claro que pedir discernimento na decisão e evitar picardias com o adversário.

A dois minutos do final, Diogo Ventura acabou excluído, por averbar a quinta falta, numa altura em que o FC Porto vencia por 11 pontos (73-84), acabando por sentenciar o jogo.

Sem o segundo melhor marcador (17 pontos) e uma referência na equipa, o Sporting procurou nos instantes finais atenuar o prejuízo, mas era demasiado tarde. O FC Porto era senhor do jogo e não só geriu como avolumou o marcador vencendo por uma margem de 15 pontos (80-95).