A Guerra Mundo

Rússia declara ter destruído mais de 500 alvos ucranianos em 24 horas

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A Rússia avançou hoje que destruiu mais de 500 alvos ucranianos, incluindo um centro de inteligência eletrónica, atingido por mísseis de alta precisão, matando 11 militares ucranianos e 15 especialistas estrangeiros.

"Na área da aldeia de Dniprovske, em Mykolaiv, foi destruído um centro de inteligência eletrónica ucraniano e mortos 11 militares e 15 especialistas estrangeiros, que chegaram com guarda-costas", afirmou o porta-voz do Ministério de Defesa russo, major-general Igor Konashenkov, no briefing matinal de guerra.

Acrescentou ainda que as forças russas, recorrendo a foguetes e artilharia, eliminaram também "unidades militares e equipamento da 10ª Brigada de Assalto de Montanha das Forças Armadas da Ucrânia", na área da estação ferroviária de Pokrovsk, em Donetsk.

As unidades militares que foram alvo deste ataque tinham chegado à área para reforçar as tropas ucranianas em Donbass, afirmou Konashenkov.

O porta-voz russo declarou que a Força Aérea russa atingiu, nas últimas 24 horas, 48 tropas, concentrações de armas e dois depósitos de munições.

A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,6 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A ONU já confirmou que 3.974 civis morreram e 4.654 ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.