Pelo menos 5 mortos e 13 feridos em série de explosões no Afeganistão
Pelo menos cinco pessoas morreram e 13 ficaram feridas, a maioria da minoria religiosa xiita, após uma série de explosões que atingiram esta quarta-feira várias cidades do Afeganistão, segundo dados avançados pelas forças policiais.
Três destas explosões ocorreram por volta das 18:30 (15:00 em Lisboa), na cidade de Mazar-e-Sharif, no norte do país, e causaram cinco mortos e 11 feridos, adiantou à agência Efe o porta-voz da polícia de Balkh, província onde ocorreram os ataques.
Mohammad Asif Waziri acrescentou que a maioria das vítimas das explosões pertencia à minoria religiosa xiita, que nas últimas semanas sofreu inúmeros ataques em várias cidades afegãs.
A mesma fonte realçou que estes três ataques foram causados por vários engenhos explosivos localizados em três veículos que se dirigiram para a cidade desde vilas próximas.
Apenas uma hora depois, outra explosão numa mesquita sunita em Cabul causou mais dois feridos, destacou o porta-voz da polícia da capital afegã, através da rede social Twitter.
Khalid Zadran indicou que a explosão ocorreu durante as orações da noite e foi causada por uma série de explosivos que tinham sido colocados naquele local sagrado.
Nenhum grupo terrorista reivindicou até agora a responsabilidade pelos ataques.
A série de ataques ocorre num contexto de crescente violência no Afeganistão, especialmente intensa durante o mês sagrado do Ramadão, quando o país sofreu um dos períodos mais sangrentos desde o regresso dos talibãs ao poder.
O último ataque ocorreu em 13 de maio, quando pelo menos três pessoas ficaram feridas no sudoeste de Cabul após uma explosão numa mesquita.
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade pela explosão numa em 29 de abril, que causou pelo menos dez mortes e 71 feridos em Cabul.
Uma semana antes, em 22 de abril, 33 pessoas morreram e outras 43 ficaram feridas num novo ataque contra um local de culto, desta vez uma mesquita no norte do país.
Aquela semana foi a mais difícil desde o regresso do regime fundamentalista ao poder, visto que em 21 de abril o EI assumiu a responsabilidade por outro ataque contra uma mesquita xiita.