A Guerra Mundo

ONU preocupada com baixas civis nos "combates ferozes" no leste da Ucrânia

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Foto Getty Images

A ONU está preocupada com o impacto sobre os civis dos "combates ferozes" nas regiões leste de Lugansk e Donetsk e em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, segundo os relatos divulgados hoje pela equipa deste organismo no terreno.

O porta-voz das Nações Unidas, Stephane Dujarric, salientou que há pessoas a morreram ou a ficarem feridas, e ainda casas, infraestruturas civis ou edifícios residenciais a ficarem danificados ou destruídos.

Na região de Lugansk controlada pelo governo de Kiev, as autoridades locais informaram a ONU que foi destruída, em 21 de maio, uma ponte que permitia chegar ao centro administrativo da região, Sievierodonetsk.

Esta ação deixou esta cidade parcialmente cercada acessível apenas por uma estrada, explicou Stephane Dujarric.

 Algumas pessoas conseguiram deixar Sievierodonetsk durante o fim de semana, mas a ONU referiu que as autoridades locais estimam que milhares de civis permanecem naquela cidade e a precisar de apoio urgente.

A equipa humanitária da ONU no terreno também relatou que bombardeamentos e ataques aéreos foram registados em outras áreas da Ucrânia, inclusive em regiões a norte, central e sul, que causaram a morte a civis e danificaram infraestruturas civis.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra na Ucrânia, que completa na terça-feira três meses, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas das suas casas -- cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,1 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

Também as Nações Unidas disseram que cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.