Costa manifesta disponibilidade de Portugal para reconstruir escolas ou zona territorial
O primeiro-ministro, António Costa, manifestou hoje a disponibilidade de Portugal para participar num programa de reconstrução de escolas e jardins de infância da Ucrânia ou patrocinar a reconstrução de uma zona territorial a indicar pelas autoridades ucranianas.
António Costa falava numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Kiev, depois de uma reunião entre ambos que demorou mais de uma hora.
Das opções pela reconstrução, o líder do executivo português manifestou preferência pela referente às escolas e jardins de infância, dizendo que o Estado Português tem experiência recente na execução desses programas de modernização de estabelecimentos de ensino.
"Dissemos ao Governo ucraniano que estamos disponíveis para patrocinar uma zona geográfica, mas propusemos à consideração do Presidente Zelensky uma outra solução: Patrocinamos a reconstrução de escolas e jardins de infância, porque é fundamental investir no futuro e garantir que as novas gerações ucranianas têm futuro na sua terra", afirmou.
De acordo com António Costa, ao longo dos últimos anos, "Portugal tem desenvolvido uma grande capacidade na renovação do seu próprio parque escolar".
"Temos experiência acumulada nessa matéria e, portanto, era uma contribuição diferenciada que podemos dar e que corresponde aos interesses da Ucrânia. Mas cabe ao Governo ucranianos decidir", completou.
António Costa adiantou que esta questão da colaboração de Portugal no processo de reconstrução da Ucrânia será um dos principais temas da reunião que esta tarde terá com o seu homólogo ucraniano, Denys Shmygal.
Em relação ao apoio militar à Ucrânia, António Costa disse que Portugal fornece e vai fornecer material letal e não letal. Neste ponto, adiantou que ainda na sexta-feira aterrou na Polónia um avião com material militar, que, no entanto, não especificou.
No apoio militar, o primeiro-ministro disse que Portugal tem procurado corresponder aos pedidos formulados pelas autoridades de Kiev, mas "nem sempre tem possível".
"Muitas vezes não temos esses recursos de que a Ucrânia necessita. É um esforço que não treinou e vai continuar. Tomámos boa nota dos pedidos específicos da Ucrânia e vamos procurar ver se estão ao nosso alcance", acrescentou.