Bulgária rejeita pressão da UE para início de conversações de adesão com Macedónia do Norte
A Bulgária mantém a sua posição de bloquear as conversações de adesão da Macedónia do Norte à União Europeia, apesar das crescentes pressões dos parceiros ocidentais para que levante o veto, na sequência da invasão russa da Ucrânia.
Algumas horas após as conversações que o comissário para o Alargamento da União Europeia (UE), Oliver Varhelyi, manteve com responsáveis oficiais romenos, referindo que regressaria dentro de três semanas para garantir o "sim" da Bulgária às negociações, o primeiro-ministro búlgaro Kiril Petkov reiterou hoje a sua posição de que o Governo "não fará nada com base em pressões externas".
Numa mensagem dirigida ao país, Petkov disse que o seu Governo de coligação centrista apenas atuará com base num amplo consenso nacional. E exortou o Presidente Rumen Radev a convocar uma reunião do Conselho de Segurança Nacional para discutir a atual fase das relações entre os dois vizinhos balcânicos.
Sófia está a pressionar a Macedónia do Norte para que aprove garantias constitucionais que protejam os direitos dos búlgaros no país-vizinho, e em progressos visíveis relacionados com as disputas históricas e a eliminação do "discurso de ódio" contra a Bulgária.
Petkov disse que o Executivo não tomará qualquer decisão antes de um acordo total entre todos os parceiros da coligação e a emissão pelo Parlamento de uma posição firme.
"A Assembleia Nacional possui o mandato legítimo final sobre a Macedónia do Norte, e isso deve ficar perfeitamente claro para o conjunto da sociedade búlgara e para os nossos parceiros estrangeiros", disse Petkov.
Entretanto, o Presidente francês Emmanuel Macron exortou a Bulgária e a Macedónia do Norte a solucionar o seu diferendo, após um contacto telefónico com os líderes dos dois países.
"O objetivo destas conversações, e quando a França detém a presidência da UE, consistiu em encorajar os dois países para iniciar rapidamente do diálogo sobre as disputas que mantêm", indicou o gabinete de Macron.