Madeira

CDS quer República a assumir interesse nacional do Centro Internacional de Negócios

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O CDS apela a que o Governo da República reconheça o interesse nacional do Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM) para que, na sequência, seja prorrogado o registo de novas empresas até 2023. Lopes da Fonseca reuniu, esta manhã, com o presidente da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira e frisou a importância de se voltar a atrair empresas para a Região.

“Temos uma enorme preocupação para que se resolva rapidamente a possibilidade de o Centro Internacional de Negócios da Madeira voltar a poder registar novas empresas, cujos novos registos estão condicionados devido ao impasse que existe entre a Assembleia da República”, disse Lopes da Fonseca, numa conferência de imprensa onde também marcou presença a deputada Ana Cristina Monteiro.

O líder parlamentar do CDS-PP afirmou que a República, tal como fez Espanha, pode possibilitar um novo registo de empresas até final de 2023, algo que é permitido pela própria Comissão Europeia.

Nós não entendemos como é que o Governo da República protelou esta situação, prejudicando de forma directa a Madeira e o CINM. O CINM é um centro do país, não é de uma Região. O interesse do Centro é nacional. É isso que o Governo da República tem de assumir de uma vez por todas, tal como o governo espanhol faz e outros governos. Lopes da Fonseca, líder parlamentar do CDS-PP

Quanto a números, lembrou que o CINM gera mais de 3.500 empregos directos, fora os indirectos. “São mais de 2.500 empresas. Das empresas registadas em 2021, 30% foram empresas tecnológicas, que têm um potencial enorme para a Região e, neste momento, em 20022, nenhuma se pode registar”, lamentou.

Lopes da Fonseca disse saber que “há indícios de que poderá haver um entendimento entre o PSD e o PS, na Assembleia da República, no sentido de na especialidade se aprovar a proposta, mas ela não existe concretamente”.

“Ainda recentemente, a presidente da Comissão de Finanças disse, claramente, num órgão de comunicação social, que não tinha conhecimento nenhum de uma proposta. Ainda por cima, na sequência de um estudo que o Governo da República mandou publicar e encomendo à Faculdade de Economia de Coimbra que, com se diz na gíria «dá para tudo»”, afirmou.

É este facto que afirma ser grave, ainda para mais quando se discute a prorrogação deste prazo para inscrição de empresas. “Esperemos que haja, por parte do senhor Ministro das Finanças, que é uma pessoa que conhece a importância do CN, que haja a responsabilidade de, junto dos seus deputados na Assembleia da República, se aprove definitivamente a prorrogação do registo de novas empresas até 2023 no CINM”, terminou.