Dinamarca anuncia reabertura da embaixada em Kiev
A Dinamarca anunciou hoje a reabertura da embaixada em Kiev passando assim a ser o primeiro país nórdico a restabelecer a representação diplomática na capital da Ucrânia depois do início da invasão da Rússia.
"É uma demonstração simbólica muito forte de apoio por parte do povo dinamarquês à Ucrânia", disse em comunicado o ministro dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca, Jeppe Kofod, que se encontra hoje em Kiev.
Kofod afirma que a situação atual na capital ucraniana é muito diferente do que aquela que se verificava antes e que ao reabrir a embaixada a Dinamarca por "dar apoio direto" e ter uma "colaboração direta" com as autoridades locais.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca disse, no entanto, que a situação ainda não é de normalidade e que o governo de Copenhaga não aconselha viagens à Ucrânia por causa do conflito bélico.
A Dinamarca junta-se aos Estados Unidos, Reino Unido, Países Baixos, entre outros, que anunciaram nos últimos dias a reabertura das embaixadas na capital da Ucrânia.
A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, foi um dos primeiros chefes de governo ocidentais a visitar Kiev tendo-se reunido no passado dia 21 de abril com o chefe de Estado ucraniano, Volodimyr Zelensky.
Na mesma visita, Frederiksen esteve acompanhada do chefe do governo de Espanha, Pedro Sánchez.
Paralelamente a Dinamarca vai convocar o embaixador da Rússia para exigir explicações sobre a passagem de um avião de reconhecimento russo que terá violado o espaço aéreo do país membro da Aliança Atlântica.
"O embaixador russo foi convocado para se deslocar ao Ministério dos Negócios Estrangeiros esta segunda-feira. É uma nova violação russa do espaço aéreo dinamarquês. Isto é completamente inaceitável e particularmente preocupante tendo em conta a situação atual", escreveu Jeppe Kofod, na rede social Twitter.
O incidente ocorreu na noite de sexta-feira, altura em que um avião de reconhecimento russo se introduziu no espaço aéreo dinamarquês a leste da ilha de Bornholm antes de entrar no espaço aéreo da Suécia, país que admite pedir a adesão à NATO.
"Trata-se de um avião de reconhecimento que esteve no nosso espaço aéreo por um tempo muito curto. Dois F-16 dinamarqueses intervieram imediatamente", disse à agência de noticias AFP um assessor de imprensa do Ministério da Defesa dinamarquesa.