Bombardeamento russo faz 12 mortos e 40 feridos na cidade de Severodonetsk
Pelo menos 12 pessoas foram mortas e outras 40 ficaram feridas hoje num forte bombardeamento russo à cidade de Severodonetsk, no leste da Ucrânia, que está quase cercada pelas forças de Moscovo, disse o governador regional.
Os russos "começaram a bombardear de manhã o centro da cidade aleatoriamente com armas pesadas. O ataque continua", disse Sergei Gaidai, numa mensagem divulgada através da rede social Telegram.
A maioria dos disparos atingiu edifícios de apartamentos e o número de mortos pode ser superior, segundo a mesma fonte, já que é impossível inspecionar as áreas bombardeadas.
O presidente da câmara local, Oleksandr Strifuk, anunciou em 06 de maio que a sua cidade estava "quase cercada" pelos militares russos e pelo separatistas pró-russos do Donbass (leste ucraniano), que estão a tentar assumir o controlo total da região.
Segundo o autarca, 15.000 dos 100.000 habitantes de Severodonetsk permanecem na cidade.
Severodonetsk, uma das poucas grandes cidades desta região ainda sob controlo ucraniano, bem como a cidade mais próxima, Lyssytchank, localizam-se cerca de 80 quilómetros a leste de Kramatorsk, o centro administrativo do Donbass ucraniano desde que os separatistas tomaram a parte oriental desta região em 2014.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra na Ucrânia, que hoje entrou no 85.º dia, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas das suas casas -- cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também as Nações Unidas disseram que cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.