Coronavírus Madeira

Albuquerque afasta para já máscara obrigatória e testes gratuitos em farmácias

Presidente do Governo Regional só admite recuo nas medidas em vigor caso haja pressão hospitalar

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O previsível aumento de casos de infecção da covid-19, também na Região, para já não é razão para o Governo Regional pensar em recuar nas medidas de alívio recentemente implementadas. O presidente do Governo Regional da Madeira afasta para já o regresso do uso obrigatório de máscara e o retomar da gratuitidade dos testes nas farmácias.

Miguel Albuquerque não vê (ainda) razões na Região para dar ‘passos atrás’ nas medidas que passaram a vigorar já este mês.

Em Portugal continental, a ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu ontem que a evolução da pandemia de covid-19 possa condicionar a actividade hospitalar programada, mas recusa, para já, o regresso de testes gratuitos nas farmácias e uso obrigatório de máscaras.

As projecções do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) apontam para que no final deste mês o país possa atingir os 60 mil casos diários, referiu a ministra, mas ainda assim o Governo Central prefere manter as medidas em vigor.

Por cá, o Governo Regional só admite recuar em caso haja pressão hospitalar que resulte do aumento do número de casos de infecção com o coronavírus.

Albuquerque aguarda com expectativa a evolução epidemiológica nas próximas semanas na Região.

As declarações do presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, foram feitas à margem da cerimónia de inauguração do House Nóbrega, um novo empreendimento de turismo em espaço rural na freguesia do Arco da Calheta.

Albuquerque quer que a população continue a ter algum cuidado: "Eu não quero reverter as medidas, mas acho que é aconselhável continuarmos a ter algum cuidado no distanciamento e quem quiser continuar a usar máscara que use que não faz mal nenhum".

Albuquerque aguarda para ver a evolução, ciente que “face ao que tem acontecido no continente, é possível que o número de infectados aumente. Vamos ver a gravidade dessas infecções e se esse aumento corresponde a aquilo que são as nossas expectativas que é manter a resposta do serviço de saúde normal”, concretizou.