Madeira

Malparado de famílias e empresas desce numa altura em que a concessão de crédito aumenta

Foto Arquivo
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"Segundo os dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, no final do 1.º trimestre de 2022, o saldo do volume de empréstimos concedidos a sociedades não financeiras (SNF) era de 2,1 mil milhões de euros, mais 98,6 milhões de euros que no final de Março de 2021 e mais 21,7 milhões que em Dezembro de 2021", sinaliza a Direcção Regional de Estatística mais um indicador de confiança dos mercados junto dos consumidores.

Isto porque "o rácio de crédito vencido deste tipo de sociedades aumentou 0,4 pontos percentuais (p.p.) face ao final do ano de 2021, fixando-se nos 2,4% no final do período de referência", frisa, mas "comparativamente ao trimestre homólogo, houve uma redução de 1,2 p.p.", salienta. "A nível nacional, o rácio de crédito vencido decresceu 0,1 p.p. face ao trimestre anterior e 1,1 p.p. em termos homólogos, não ultrapassando os 2,2% no final do 1.º trimestre de 2022".

Refira-se que "o montante de crédito malparado no âmbito das sociedades não financeiras, com sede na Região, situava-se, no período em referência, nos 49,0 milhões de euros (+8,1 milhões de euros que em Dezembro passado e -22,3 milhões de euros face a Março do ano anterior)", o que pode ainda assim ser entendido como um sinal de alerta a ter em conta.

No caso dos devedores do sector das SNF (empresas) com empréstimos vencidos, no final de Março de 2022, a percentagem "era de 14,4%, sendo que este indicador se mantém abaixo da média nacional (15,0% no mesmo período) desde Julho de 2020", refere a DREM.

"No sector das famílias e das Instituições sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias (ISFLSF) assistiu-se a um aumento de 62,6 milhões de euros em termos homólogos no saldo dos empréstimos concedidos, cifrando-se este nos 3,2 mil milhões de euros, no final do 1.º trimestre de 2022", revela. "Quando comparado o saldo com o do trimestre precedente observa-se igualmente um aumento, de cerca de 35,5 milhões de euros. Se se detalhar a análise, verifica-se que 67,5% daquele saldo era referente ao segmento da habitação e os 32,5% restantes, ao consumo e outros fins", especifica.

Já no que toca ao malparado (empréstimos vencidos) "no segmento da habitação, os mesmos não ultrapassavam os 11,9 milhões de euros, representando um rácio de empréstimos vencidos de 0,5%, mantendo-se, deste modo, o mínimo histórico face à serie disponível, que se inicia em Março de 2009. Esta percentagem está ligeiramente acima do valor nacional (0,4%). Entre Março de 2021 e Março de 2022, o rácio de empréstimos vencidos da habitação reduziu-se em 0,3 p.p. na Região", garante.

Para atestar esta boa onda da banca, "o número de devedores do sector institucional famílias e ISFLSF cresceu face ao trimestre anterior para os 100,1 mil, sendo que estavam contabilizados, no final do 1.º trimestre de 2022, cerca de 44,4 mil devedores com crédito à habitação e 83,5 mil com crédito para consumo e outros fins", quase o dobro, portanto.