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EUA assumem controlo da embaixada afegã em Washington

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Os Estados Unidos assumiram o controlo da embaixada do Afeganistão em Washington e dos consulados afegão de Nova Iorque e Beverly Hills (Califórnia), informou hoje o Departamento de Estado norte-americano.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos disse que assumiu a "responsabilidade exclusiva" pela segurança e manutenção das missões diplomáticas a partir de segunda-feira e proibiria qualquer pessoa de lá entrar sem a sua permissão até novo aviso.

A medida surgiu após o departamento ter determinado que a embaixada e os consulados cessariam "formalmente a realização de atividades diplomáticas e consulares nos Estados Unidos" às 12:00 de segunda-feira.

Washington não reconhece o novo governo talibã de Cabul, que assumiu o poder no ano passado após a retirada das tropas norte-americanas e aliadas, e não mantém relações diplomáticas formais com o país.

"Até novo aviso, o Gabinete de Missões Estrangeiras do Departamento de Estado assumiu a responsabilidade exclusiva de garantir a proteção e preservação da propriedade das missões mencionadas, incluindo, mas não se limitando a todos os bens imóveis e tangíveis, móveis, arquivos e ativos financeiros da embaixada afegã e dos postos consulares nos Estados Unidos", disse o departamento, citado numa nota publicada no Registo Federal (OFR, na sigla em inglês).

As missões foram identificadas como a embaixada afegã em Washington e os consulados em Little Neck (Nova Iorque) e Beverly Hills (Califórnia).

Um funcionário do departamento disse que os Estados Unidos assumiram o controlo das instalações num acordo com diplomatas do antigo governo afegão que enfrentavam "severas restrições financeiras que tornavam as operações contínuas insustentáveis".

O Departamento de Estado norte-americano disse que a medida não sinaliza nenhuma mudança na política dos Estados Unidos em relação ao Afeganistão e que não afeta a missão afegã nas Nações Unidas.

A entidade observou ainda que o Afeganistão não pediu a um país terceiro que servisse como "potência protetora" para as suas instalações ou interesses nos Estados Unidos.