Teatro do Avesso estreia 'Tempo Limite' de 20 a 22 de Maio
A nova produção de teatro da Associação Avesso tem data de estreia marcada para o mês de Maio, no auditório Maestro Vítor Costa, no Centro Cívico do Estreito de Câmara de Lobos. 'Tempo Limite' é um texto para teatro com dois atores, do jovem escritor, ator e encenador Pedro Araújo Santos.
O texto foi escrito entre 2019 e 2020 e contou com a primeira publicação, em 2021, pela Astrolábio Edições, chancela da Chiado Books, tendo sido apresentado em sessão pública no Museu da Imprensa, a 27 de Julho. Na ocasião foi lançado o desafio à Associação Avesso para o levar a cena, o que será agora concretizado pelo Teatro do Avesso, com sessões agendadas para as 21h00 horas nos dias 20 e 21 de Maio e para as 17h00 no dia 22 de Maio.
"É um encontro entre duas pessoas com um passado entre si.” revela o autor. “A inspiração para este texto veio do facto do meu interesse em explorar os limites de todos nós, quando somos postos em situações drásticas ou de alta pressão. A história examina também as nuances das relações amorosas que vivem no passado".
Na contracapa da obra publicada podemos ler: "A primeira vez que se veem há muito tempo. O cronómetro à sua frente ditará o tempo que poderão estar juntos, antes do final. 'Tempo Limite' leva-nos numa jornada a um passado negro, um presente instável e um futuro inevitável de duas vidas que, apanhadas por uma armadilha, pretendem libertar-se. Verdades vêm ao de cima… por mais doentias que sejam."
'Tempo Limite' pretende ser um espetáculo que motiva o debate, evitando o moralista. Provocar humor, sem cair no fácil. Criar expectativa e emocionar, sem esforço ou truques. Combina uma série de elementos cenográficos, sonoplásticos, tecnológicos, gráficos e outros que aliados ao trabalho dos atores, completa a sua realização.
É uma história que tem, como objetivo, a criação de ambivalência por parte do público. Com efeito, diversos temas “polémicos” são apresentados no passado destas personagens. E se de repente, por meio de um relato de experiências passadas, começamos a simpatizar com eles? E no momento seguinte, odiamo-los de novo? Devemo-nos rir do que é proibido haver humor?
No entanto, para uma decisão ser tomada, é necessário que o público saiba os factos. Mas como podemos obtê-los, se a verdade e a mentira possuem uma linha ténue entre si? Não é um projeto que ambicione revelar significados ocultos e metáforas no seu conteúdo, nem vagueia por elementos abstratos para cativar a sua plateia. É uma peça para teatro com um limite de tempo para ser apresentada (50 min reais).
"Alcançar este limite de período de tempo resulta não só no fim do espetáculo, mas também… Só saberá se marcar presença", salienta a organização.
'Tempo Limite' é a oitava produção do Teatro do Avesso. Laura Aguilar e Guilherme de Mendonça dão corpo aos personagens. A encenação é de Pedro Araújo Santos, a sonoplastia de Luís Melim, o desenho de luz de António Freitas, a produção de Maurícia Gabriel e a imagem e design de Roberto Ramos/Creativ.
Os ingressos estarão à venda com a Associação Avesso (Ponta do Sol) e na Associação de Animação Geringonça (no Funchal). Mais informações pelo telefone 963 355 528 ou pelo e-mail [email protected]. A entrada tem um custo de 7€ para público em geral, 3€ para menores de 18 anos e 5€ para grupos de 10 pessoas. Deverão ser adquiridos antecipadamente.
"Com este projeto que, consideramos relevante para a fomentação da cultura na Região Autónoma da Madeira, a Associação Avesso considera estar a cumprir um conjunto de requisitos para a implementação de um projecto pertinente, de qualidade e original, com uma equipa jovem e motivada no desenvolvimento cultural profissional nesta localidade", refere. "São objectivos da Avesso apostar na produção para o grande púbico de novas dramaturgias, realizadas por autores jovens madeirenses formados em Teatro e outros artistas emergentes, contribuir para a expansão do panorama cultural da Região, oferecendo uma diversidade nos géneros culturais teatrais apresentados, combinar uma relação entre texto e tecnologia, bem como com toda a parte plástica do espetáculo, criar postos de trabalho para o sector cultural e provocar uma discussão aberta pelo público no sentido em que não oferece uma resposta para várias questões que a peça propõe".