Partido da primeira-ministro finlandesa diz sim à NATO
O partido social-democrata da primeiro-ministra finlandesa, Sanna Marin, anunciou hoje o apoio por larga maioria à candidatura do país nórdico à NATO, que deve ser formalizada no domingo.
Dos 60 membros da direção do partido, 53 votaram a favor, cinco contra e dois abstiveram-se, segundo o resultado da votação anunciado em conferência de imprensa, em Helsínquia.
A candidatura da Finlândia deve ser formalizada no domingo pelo executivo, antes de uma reunião do parlamento na segunda-feira e do envio formal da candidatura para a sede da NATO, em Bruxelas, durante os próximos dias.
A Suécia também deverá decidir durante os próximos dias sobre uma provável candidatura. Uma reunião, considerada chave, do Partido Social Democrata, no domingo, em Estocolmo, pode ultrapassar o último obstáculo antes de anunciar um pedido de adesão.
"Esperamos poder enviar as nossas candidaturas esta semana, juntamente com a Suécia. Eles têm o seu próprio processo, mas espero que tomemos as decisões ao mesmo tempo", afirmou Marin durante a conferência de imprensa.
A primeira-ministra já havia sinalizado na quinta-feira ser a favor da adesão da Finlândia à aliança rapidamente, juntamente com o presidente do país, Sauli Niinistö, e já não havia dúvidas sobre a decisão do partido.
A governante, no entanto, saudou um processo de consulta "aberto", onde "todos os atores importantes estão incluídos".
O fim da neutralidade militar da Finlândia foi hoje considerada como um "erro" pelo Presidente russo, Vladimir Putin, durante uma conversa telefónica com o seu homólogo finlandês.
A Suécia e a Finlândia podem abandonar o estatuto neutral desde a II Guerra Mundial ao aderirem à NATO, situação provocada pela invasão da Rússia na Ucrânia em 24 de fevereiro.
Esta noite, a Rússia cortou o fornecimento de eletricidade à Finlândia, tal como tinha sido anunciado na sexta-feira pelo exportador.