Sérgio Gonçalves diz que Governo Regional mente para justificar opções no PRR
O Partido Socialista Madeira (PS-M) acusa o Governo Regional de mentir aos madeirenses ao atribuir à República as culpas pelo facto de o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) da Madeira não dispor de verbas para a modernização da frota pesqueira tradicional. De fora ficou também o sector da Cultura, conforme avançou o DIÁRIO na manchete desta sábado, 14 de Maio.
Pescas e Cultura ficam sem dinheiro da ‘bazuca’
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Sérgio Gonçalves, presidente do PS-M, diz que isso acontece "por responsabilidade única e exclusiva do executivo madeirense", que, "ao invés de priorizar a canalização de verbas para a área do Mar, decidiu, num total de 561 milhões de euros, não alocar qualquer verba para nenhum projecto neste sector", acusou.
Sérgio Gonçalves denuncia o "logro" do executivo madeirense de que Lisboa só teria introduzido a componente do Mar (C10) na versão final do PRR, sem ter dado atempadamente conta à Região.
"Desde a fase inicial que, quer a Madeira, quer os Açores tinham conhecimento da existência da componente do Mar. Tanto assim é que, desde o início, a Região Autónoma dos Açores alocou 32 milhões de euros para o desenvolvimento do Cluster do Mar", clarifica.
Na Madeira, critica, "as opções foram outras".
"Mesmo na fase da consulta pública do Plano, sabendo da dotação orçamental que a Região disporia – 561 milhões de euros – o único projecto relacionado com o Mar que o Governo Regional tentou introduzir, sem rever as opções que tinha tomado anteriormente, foi o projecto de ‘Robustez do Sector Marítimo-portuário e Segurança Portuária da RAM’, na ordem de 172 milhões de euros e que, como veio a público, se materializaria no aumento da Pontinha", reforçou, acrescentando que o mesmo "nada tem a ver com a renovação da frota pesqueira ou com outros apoios ao sector do Mar".
O líder socialista não aceita que o executivo do PSD/CDS venha agora "tentar enganar os pescadores e que continue constantemente a atirar areia para os olhos dos madeirenses para esconder a sua incompetência governativa".