Madeira

Pescadores recolheram cerca de duas toneladas de lixo no mar da Madeira

O secretaria regional do Mar entregou, hoje, bandeiras a 11 embarcações que devolvem lixo produzido a bordo

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Um total de 11 embarcações de pesca da Região içaram esta sexta-feira, dia 13 de Maio, a bandeira 'OceanLit', símbolo de que devolvem todo o lixo produzido a bordo e procedem à recolha do lixo que encontram durante a actividade piscatória.

Nos primeiros meses deste ano, foram recolhidas cerca de duas toneladas de resíduos, particularmente materiais das artes de pesca que são deixados à deriva nas águas marítimas da Região.

Estas 11 embarcações hoje 'galardoadas' são “as primeiras de muitas” que o secretário regional de Mar e Pescas espera que venham a aderir ao projecto, que tem como principal foco os pescadores e armadores, a quem foram ministras várias acções de formação, nos últimos seis meses.

O objectivo é torná-los “agentes activos no combate à despoluição dos mares, na recolha dos lixos e na preservação dos ecossistemas”, conforme referiu Teófilo Cunha.

As bandeiras produzidas propositadamente para a serem colocadas nas embarcações, como símbolo que a embarcação adopta boas práticas ambientais.

O governante reforçou que os “pescadores e armadores têm de ser os primeiros interessados neste projecto, porque o mar é o principal meio de subsistência deles e das famílias”.

“Não podemos continuar a fazer do mar um depósito de lixo”, avisou.

O secretário enalteceu ainda a adesão de mais de 40 pescadores e armadores, nesta primeira fase, e reconheceu o trabalho de todos os técnicos das duas direcções regionais, a das Pescas e a do Mar, responsáveis pela formação ministrada.

Faz também parte deste projecto co-financiado em 85% pela União Europeia, através do Programa INTERREG MAC 2014-2020, do FEDER, a colocação nos portos de pesca do Funchal, Caniçal, Porto Monos, Paul do Mar e Porto Santo de contentores específicos para a receção de lixo marinho associada à actividade da pesca.

Numa perspetiva de economia que se quer cada vez mais circular, é também objectivo enviar os resíduos rececionados para o continente, "pois ainda não há um operador regional para este tipo de resíduo".

Em nota remetida à imprensa, a tutela destaca ainda que as políticas relativas à gestão de resíduos "têm evoluído no sentido de proteger e melhorar a qualidade do ambiente e do mar", sendo exemplo a entrada em vigor de legislação relativa aos meios portuários de recepção de resíduos provenientes de navios.