Crónicas

A Sabina de El Hierro

Aqui ao lado, no fim do mundo (como em tempos se julgava) encontramos a ilha de El Hierro, a mais pequena do arquipélago das Canárias. Nunca lá estive, mas a série de televisão espanhola com o mesmo nome possibilitou que eu e muitos a descobríssemos. Apreciações à parte – recomendo a série, para que conste – esta forma de promover um território não sendo original tem o mérito de (re) validar o poder da imagem, de mostrar a ilha verdadeira, dos seus cenários naturais, dos seus sons, das suas tradições. E isto foi exportado para dezenas de países em duas temporadas bem dirigidas, bem escritas e com um elenco à altura.

Muitas vezes penso o que falta para acontecer uma coisa assim com a nossa Madeira. Posso andar distraído mas acho que ainda não aconteceu. Será indiferença dos de fora? Desinteresse dos de dentro?

Um quadro vivo de El Hierro é a sua Sabina, expressão maior dos zimbros desta ilha, “primos” do cedro-da-Madeira e do nosso zimbreiro. Uma imagem lindíssima, das que valem mesmo mais de mil palavras, de contrastes poderosos que hipnotizam a nossa atenção.

Se não quiser aterrar em Los Cangrejos, para os saudosistas basta apanhar o Armas… em Tenerife.