Número de mortes associadas à covid-19 na Europa ultrapassa os dois milhões
O número de mortos causados pela pandemia de covid-19 ultrapassou os dois milhões de pessoas na Europa, já há muitos meses epicentro da doença, anunciou hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS).
"Foi atingido um marco devastador, já que o número de mortes por covid-19 relatadas por países da região da OMS na Europa ultrapassou os dois milhões de pessoas", disse um porta-voz da OMS, citado pela agência de notícias francesa AFP.
No total, a OMS na Europa -- cujos países membros se estendem até à Ásia central -- registou 2.002.058 mortes causadas pela pandemia em 218.225.294 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2.
O país do mundo com maior número de mortos continua a ser os Estados Unidos, tendo ultrapassado a marca de um milhão de mortes, anunciou hoje a Casa Branca.
Após uma recuperação na primeira quinzena de março, a pandemia do coronavírus SARS-Cov 2 diminuiu na Europa, tendo o número de casos diminuído 26% nos últimos sete dias e o de mortes baixado 24%.
Mais de dois anos após as primeiras restrições adotadas para combater a infeção, a maioria dos países europeus pretende "virar a página da covid-19" e já restam poucas limitações no continente.
Em termos mundiais, o número de novos casos relatados continua a cair, exceto nas Américas e em África, segundo referiu a OMS.
No seu relatório semanal sobre a pandemia, divulgado na terça-feira, a agência de saúde da ONU disse que cerca de 3,5 milhões de novos casos e mais de 25.000 mortes foram relatadas globalmente, o que representa, respetivamente, reduções de 12% e 25% dos casos.
A tendência de queda do número de infetados registados começou em março, embora muitos países tenham já desmantelado os programas de testes e vigilância, o que torna mais difícil uma contagem precisa dos casos.
Segundo a OMS, apenas duas regiões continuam a ver os número de infeções por covid-19 aumentarem: as Américas, com mais 14%, e a África, com mais 12%.
Os números permaneceram estáveis no Pacífico ocidental e caíram no resto do mundo, referiu a agência.
Ainda assim, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, avisou, em conferência de imprensa realizada esta semana, que "o aumento de casos em mais de 50 países mostra a volatilidade do vírus".
O responsável sublinhou que as variantes da covid-19, incluindo as versões mutantes da Ómicron, são altamente contagiosas e estão a provocar um ressurgimento da pandemia em vários países.
O diretor-geral da OMS referiu ainda que só as taxas relativamente altas de imunidade da população estão a impedir um aumento das hospitalizações e mortes, mas avisou que "isso não é garantido nos locais onde os níveis de vacinação são baixos".
Nos países mais pobres, apenas cerca de 16% das pessoas foram vacinadas contra a covid-19.
O relatório da OMS observou que algumas das maiores subidas no número de infetados 19 foram observadas na China, que registou um aumento de 145% na última semana.
A covid-19 já provocou pelo menos 6,26 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da página online Our World in Data.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.