'Jaime Moniz' acolhe símbolos alusivos à Jornada Mundial da Juventude
A Escola Secundária Jaime Moniz acolheu esta quinta-feira, 12 de Maio, os símbolos alusivos à Jornada Mundial da Juventude, que se realiza de 1 a 6 de Agosto de 2023, em Lisboa.
Na ocasião, o coordenador do evento na Região, padre Carlos Almada, desafiou os estudantes do Liceu a participarem na Jornada com o Papa como uma experiência única de “partilhar a fé com mais 2 milhões de jovens”. Com espírito de humor e sincronizado com a linguagem e vivências dos jovens, o sacerdote procurou desmistificar algumas ideias erróneas dos mais jovens sobre a Fé e convidou-os a fazerem a experiência de conhecer Jesus, para muitos ainda verdadeiramente desconhecido. Os estudantes não só escutaram o sacerdote com atenção como também recolheram informações sobre a Jornada e toda a logística que a envolve.
O padre Carlos Almada também partilhou o seu testemunho pessoal de conversão: “Hoje, sou padre por ter participado numa Jornada Mundial de Juventude”. Os símbolos expostos, a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora não são réplicas mas exemplares únicos que têm corrido o mundo, gerando ainda muitas conversões. Curiosa a nota ainda dada pelo padre Carlos Almada, no sentido de que foi sozinho a Roma, em plena pandemia, buscar os símbolos para divulgar na Madeira, representando assim esta oportunidade uma graça para a Madeira e o Porto Santo.
A Jornada Mundial da Juventude conta com dois símbolos que a acompanham e representam: a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani. Nos meses que antecedem cada Jornada Mundial da Juventude, os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens, de forma especial, nas realidades em que vivem.
A ressecção e o acolhimento dos símbolos, oferecidos pelo Papa João Paulo II, têm dado muitos frutos um pouco por todo o mundo. Em África, estes dois símbolos instaram os jovens a converterem-se numa geração não-violenta, encabeçaram várias marchas pela paz e foram tocados por milhares, que os saudaram também com os trajes típicos dos seus países. Ajudaram ainda a levar reconciliação onde havia tensão, como em Timor-Leste.
A Cruz peregrina
Com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou aos cinco continentes e a quase 90 países. Tem sido encarada como um verdadeiro sinal de fé.
Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tractores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis.
Tem-se afirmado como um sinal de esperança em locais particularmente sensíveis. Em 1985, esteve em Praga, na atual República Checa, na altura em que a Europa estava dividida pela cortina de ferro, e foi aí sinal de comunhão com o Papa. Pouco depois do 11 de Setembro de 2001, viajou até ao Ground Zero, em Nova Iorque, onde ocorreram os ataques terroristas que vitimaram quase 3000 pessoas. Passou também pelo Ruanda, em 2006, depois de o país ter sido assolado pela guerra civil.
O ícone de Nossa Senhora
Desde 2000 que a cruz peregrina conta com a companhia do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços. Este ícone foi introduzido ainda pelo Papa João Paulo II como símbolo da presença de Maria junto dos jovens. Com 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália. É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica.