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China oferece apoio à Coreia do Norte para enfrentar surto inédito

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A China ofereceu hoje apoio à Coreia do Norte para combater um surto inédito de covid-19, depois de Pyongyang ter confirmado o primeiro caso de contaminação no país.

Desde o início da pandemia, detetada inicialmente na China, no final de 2019, o regime norte-coreano recusou as ofertas de vacinas da China, Rússia e Organização Mundial da Saúde (OMS).

No início de 2020, o país optou por fechar ainda mais as suas fronteiras e enviar estrangeiros, incluindo diplomatas, para casa.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, ordenou hoje medidas de "confinamento" em todo o país, depois de o país ter diagnosticado o seu primeiro caso oficial de contágio, segundo a imprensa oficial.

A diplomacia chinesa manifestou a sua "compaixão" face à situação sanitária do país vizinho, onde nenhum dos 25 milhões de habitantes está vacinado.

"Como camarada, vizinha e amiga, a China está pronta para prestar o seu total apoio e assistência [à Coreia do Norte], na sua luta contra a epidemia", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Zhao Lijian.

A China é o principal aliado diplomático e maior parceiro comercial da Coreia do Norte. Nos anos 1950, os dois países lutaram juntos contra os Estados Unidos.

Nos manuais escolares chineses, a "Guerra da Coreia" é designada "Guerra para Resistir à Agressão Imperialista Americana e Ajudar a Coreia".

Pequim opõe-se ao programa nuclear norte-coreano, mas pede o relaxamento das sanções internacionais contra Pyongyang.

A província chinesa de Jilin, que faz fronteira com a Coreia do Norte, é uma das mais afetadas pelo ressurgimento de surtos de covid-19 na China.

Pequim colocou grande parte da província em confinamento, sob a sua política de 'zero casos', o que também levou ao bloqueio de Xangai (leste), a 'capital' financeira do país, e outras cidades importantes.