A Guerra Mundo

Zelensky agradece aos Estados Unidos por novo pacote de ajuda

Foto EPA/UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE
Foto EPA/UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu quarta-feira aos Estados Unidos por um novo pacote de ajuda de 40 mil milhões de dólares (38 mil milhões de euros).

"Esses fundos vão ser usados rapidamente e sem burocracia para fortalecer as defesas da Ucrânia", disse o chefe de Estado, discursando num vídeo.

De acordo com Volodymyr Zelensky, o novo pacote vai permitir obter mais armas e equipamentos.

O apoio dos Estados Unidos também vai ajudar a investigar crimes de guerra cometidos pela Rússia, indicou.

Volodymyr Zelensky observou ainda que o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, assinou um projeto-lei baseado no programa Lend-Lease de 1941, que, na altura, possibilitou fornecer armas aos aliados dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial.

O Presidente da Ucrânia enfatizou que o seu país está a "defender a liberdade e o direito à vida de todos os povos livres na luta contra a tirania que ameaça à Europa", que, segundo o qual, "não é menor do que há 80 anos".

A Ucrânia "vai libertar a nossa terra e nosso povo", salientou Volodymyr Zelensky.

O Senado norte-americano aprovará "muito em breve" um novo pacote de ajuda à Ucrânia avaliado em 40 mil milhões de dólares (38 mil milhões de euros), disse hoje o líder dos democratas na câmara alta do Congresso, Chuck Schumer.

As declarações do democrata surgem após a Câmara dos Representantes ter aprovado na noite de terça-feira esse novo pacote de ajuda destinada a Kiev.

Schumer, que tem o poder de decidir quando os projetos de lei serão votados, disse hoje que "o tempo está a esgotar-se" e prometeu que a ajuda à Ucrânia será aprovada "muito em breve".

"Vou garantir que isso seja uma prioridade para o Senado", disse Schumer no plenário do Senado, onde os democratas têm maioria.

Assim que o Senado aprovar a iniciativa, esta só precisará de ser assinada pelo Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, para se tornar lei.

Na noite de terça-feira, a câmara baixa do Congresso dos EUA aprovou o pacote de 40 mil milhões de dólares, valor superior aos 33 mil milhões de dólares (31,3 mil milhões de euros) que Biden havia solicitado e com o qual democratas e republicanos querem mostrar o seu apoio à Ucrânia diante da invasão russa.

O plano de ajuda recebeu o apoio de 368 parlamentares de ambos os partidos, enquanto 57 (todos republicanos) votaram contra.

Biden pediu ao Congresso que aprove um novo pacote de ajuda para a Ucrânia o mais rápido possível, porque os 13,6 mil milhões de dólares (12,9 mil milhões de euros) que o Congresso norte-americano aprovou no mês passado estão quase esgotados.

A legislação que o Senado vai agora considerar inclui especialmente fundos para armamento, assim como para ajudar no treino das forças ucranianas.

Entre outros pontos, inclui uma disposição que autoriza Biden a entregar equipamentos militares diretamente à Ucrânia até um limite de 11 mil milhões de dólares (10,4 mil milhões de euros)

Esse tipo de disposições foram incluídas noutras leis para apoiar a Ucrânia e permitiram que Biden entregasse rapidamente ao país armas de propriedade do Governo dos EUA.

O projeto de lei também inclui 900 milhões de dólares (854 milhões de euros) para assistência a refugiados e outros 54 milhões de dólares (51,2 milhões de euros) para necessidades de saúde.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.