Volume de gás russo para Alemanha baixou 25% em gasoduto importante
O volume de gás russo encaminhado para a Alemanha por um dos principais gasodutos via Ucrânia diminuiu 25% desde terça-feira, indicou hoje a agência alemã governamental encarregada da energia.
"Devido à redução do trânsito, os volumes de gás encaminhados para a Alemanha, através da Ucrânia (pelo gasoduto Megal) diminuíram 25%", em relação a terça-feira, especificou a agência, no seu sítio na internet, garantiu porém que "estes volumes (estavam) compensados por fluxos mais importantes", nomeadamente provenientes da Noruega e dos Países Baixos.
O aprovisionamento de gás à Alemanha é, portanto, "estável", garantiu a agência.
Os fornecimentos de gás russo à Europa através da Ucrânia estão em baixa pela primeira vez desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro.
O operador ucraniano dos gasodutos, OGTSOU, acusou as forças russas de "ingerência" nas suas instalações da região de Lougansk e de impedir a o fluxo habitual de gás.
Na quarta-feira, o OGTSOU afirmou que a russa Gazprom tinha fechado a torneira para um dos ramos ucranianos do gasoduto e solicitado a transferência para outro percurso.
A Gazprom afirmou que era impossível desviar os fornecimentos, enquanto os volumes transitados por outro ponto de passaje, em Soudja, na região fronteiriça russa de Koursk -- já tinham aumentado.
Mas não o suficiente para compensar a baixa, em 18% hoje, segundo os ucranianos, dos volumes transitados por Lougansk.
"Estamos a seguir a situação de perto", reagiu hoje o Ministério da Economia alemão, cujo país é um dos principais clientes europeus do gás russo. Mas nas últimas semanas a dependência alemã em relação ao gás russo baixou de 55% para 35%.
"A segurança energética da Alemanha está garantida", acrescentou.
Até agora, tanto Moscovo como Kiev mantiveram o fluxo do gás, mesmo que a União Europeia prepare uma rutura dos seus fornecimentos, depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter ordenado o pagamento dos fornecimentos em rublos, uma modificação contratual que a UE considera inaceitável.