Palpite falhado
Madeira voltou a ser a região com a mais alta taxa de desemprego em Portugal
Boa noite!
A 3 Maio último, no debate mensal na ALM, subordinado ao tema “o emprego na Região”, proposto pelo PSD e pelo CDS-PP, o presidente do Governo foi taxativo:
A Região Autónoma tem mantido uma trajetória positiva, apresentando uma descida de desempregados no fim de cada mês, pelo 12.º mês consecutivo. A Madeira apresentou a maior quebra na taxa de desemprego no 4.º trimestre de 2021, com uma taxa de 6,6%, sendo que a taxa de desemprego do 1.º trimestre de 2022, a sair pelo INE em 11 de Maio, deve apresentar uma percentagem ainda menor. Pelo número de desempregados inscritos no Instituto de Emprego, no fim de Março de 2022 – 14.056 -podemos desde já afirmar que desde há 12 anos que a Região não apresentava um número de desempregados tão baixo. Aguardamos, sem muita expectativa, o que a nossa oposição vai inventar para denegrir números tão animadores. Vai ser o habitual número circense da catástrofe sempre anunciada e nunca verificada.” Miguel Albuquerque
Hoje, quem trata das estatísticas e tem pacto com o rigor, revelou que taxa de desemprego na Madeira no 1.º trimestre de 2022 voltou a aumentar, colocando a Região no topo da tabela das sete regiões NUTS II portuguesas, com 7,5% de desempregados. Ou seja, Miguel Albuquerque não só errou nas previsões como deu de bandeja assunto para a oposição tentar mostrar o que vale, caso estivesse atenta e fosse incisiva.
Face ao trimestre anterior, já de retoma, regista-se um valor superior em 0,9 pontos percentuais e comparativamente ao 4.º trimestre de 2019 (período pré-pandemia COVID-19), o aumento foi de 0,1 pontos.
Na prática, em três meses surgiram no desemprego mais 1.330 pessoas numa ilha em que falta gente para trabalhar em vários sectores de actividade.
Aguardamos, com elevada expectativa, as justificações oficiais perante números, que não sendo catastróficos, são menos animadores do que o palpite traçado em pleno Parlamento. Mas admitimos desde já que a culpa será imputada, em parte, à Rússia, e muito a Lisboa!