SINTTAV pede ajuda ao parlamento regional para tornar RTP Madeira em um canal de produção própria
O pedido feito hoje, pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV), à Assembleia Legislativa da Madeira (ALM), pretende que a RTP Madeira possa ter uma "emissão própria e de qualidade", refere comunicado enviado pela ALM.
Através de uma "audiência marcada por muitas preocupações, entre as quais os constrangimentos de gestão da empresa pública, que também afectam o canal regional," a solicitação foi feita à vice-presidente da ALM, Rubina Leal.
O coordenador nacional do SINTTAV, Nelson Silva, referiu que "a RTP Madeira já não consegue produzir, ao longo do dia, conteúdos exclusivos para alimentar o canal”, acrescentando que “neste momento tem uma colagem aos programas que são feitos no continente”.
“Deveria ser um canal de produção própria, mas para isso é preciso mais recursos humanos e mais alguns recursos técnicos”, reforçou.
Acompanhado por Baptista Monteiro, coordenador regional do SINTTAV, e Humberto Fernandes, dirigente regional do SINTTAV e trabalhador da estação regional televisiva, falaram da importância da RTP Madeira para o serviço nacional.
“A diferença do serviço do serviço público de televisão para os serviços privados tem essencialmente a ver com a cobertura que damos a todo o território nacional. Por isso o que é feito na Madeira deve chegar a todos os portugueses, em igualdade de circunstâncias, já que pagam o serviço público de televisão, de rádio e das plataformas digitais”. Nelson Silva, coordenador nacional do SINTTAV
“Era bom que a RTP Madeira e Açores pudessem estar na TDT (Televisão Digital Terrestre) de livre distribuição e não apenas da rede de televisão por cabo”, frisou.
O sindicato denunciou ainda as dificuldades na evolução de carreira dos trabalhadores da RTP, bem como, a "estagnação salarial, a falta de formação e a polivalência abusiva”. “Muitos dos precários têm anos de trabalho em exclusividade para a RTP. Não faz qualquer sentido que necessidades permanentes mantenham um vínculo laboral que não seja adequado a essas condições”, referiu o dirigente nacional do SINTTAV.
“Sabemos que os constrangimentos financeiros são grandes, o Contrato de Concessão que estava a ser redesenhado ainda nos retirava mais financiamento, o que colocava a empresa numa situação mais periclitante. É preciso que o poder político se sensibilize para o serviço público de televisão e de rádio e que se possa desenvolver com seriedade as plataformas digitais”, concluiu, Nelson Silva.