"Não há emprego sem uma economia pujante"
Para assinalar o Dia do Trabalhador, a secretária regional de Inclusão Social e Cidadania depôs flores junto ao Monumento ao Trabalhador Madeirense, aproveitando a ocasião para recordar que a Região vive um momento de crescimento económico, depois do impacto da pandemia e apesar da guerra, e de queda no desemprego, que atingia em Março deste ano o número mais reduzido de pessoas inscritas desde há 12 anos.
Para Rita Andrade esses são dois factores que caminham em paralelo, porque efectivamente "não há emprego sem uma economia pujante", estando o Governo a fazer o seu trabalho de criar "um conjunto de apoios e estratégias a empresas e às famílias que realmente visam, sobretudo, alguma minimizar perda do poder de compra". E acrescentou: "Estamos a sentir alguma recuperação económica, é claro que a economia está a funcionar, mas sabemos todos que apesar dos dois anos a sofrer com uma pandemia é importante que estejamos a receber indicadores económicos tão positivos. Estamos cheios de turistas neste momento na Região. Portanto, a economia está a funcionar. É claro que o Governo Regional, através dos seus serviços, complementa e é facilitador, mas quem realmente dá emprego são os empresários e as organizações. Nós criamos as melhores condições para que isso aconteça."
Porque este ano coincidiram no mesmo dia a homenagem ao trabalhador e o Dia da Mãe, a governante salientou que foi aproveitada a ocasião para "reconhecer as mães madeirenses trabalhadoras, muitas vezes por conta de outrem, mas também aquelas que estão em casa a tomar conta dos filhos, um trabalho menos reconhecido mas que não deixam de o ser".
Ocasião também para Rita Andrade relembrar as diferenças salariais entre homens e mulheres e que "há cinco anos era de 18,5% na Região, neste momento situa-se nos 12,5%", ressalva. "É de registar este valor", uma diferença que ainda "tem muito trabalho para fazer", mas "temos vindo em crescendo nesta matéria", confia. E ainda recorda que se na Madeira temos essa diferença salarial entre homens e mulheres, no continente a diferença é de 16% e na Europa é de 13%. "Temos desenvolvido um conjunto de estratégias, ainda este ano com a aprovação da Estratégia Regional para a Igualdade e Cidadania e, também, foi apresentado ao público no mês passado o Guia Regional para a conciliação entre a vida familiar e profissional, que são ferramentas e dão um conjunto de orientações e de boas práticas e de condições para que seja promovida, de forma justa e equilibrada, a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres", exemplifica, assegurando que "há muito trabalho para fazer, porque não temos tudo resolvido" nesta matéria.
Por isso mesmo, as comemorações do Dia do Trabalhador e do Dia da Mãe foram unificadas pelo Governo Regional, com iniciativas no Cais 8 e Praça do Povo, que começaram pelas 10 horas, com "uma Homenagem às Mães Trabalhadoras", organizada pelo Centro Comunitário Regional, "em que estiveram presentes dezenas de mães e filhos para uma aula de dança, seguida de vários jogos tradicionais, como o pião, lenço, roda, saltar à corda, jogo do galo, entre outros, num momento que se pretende que seja de convívio e diversão", salienta o GR.