Madeira

Presidente do PS-M quer aproximação entre as regiões da Macaronésia

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O presidente do PS Madeira quer aprofundar a colaboração entre as regiões da Macaronésia no particular entre a Madeira e Cabo Verde.

Sérgio Gonçalves sublinhou que a pandemia e, mais recentemente, os efeitos da guerra vieram reforçar a necessidade de uma maior aproximação em áreas de interesse comum.

O presidente socialista discursou hoje de manhã no XVII Congresso do PAICV na Cidade da Praia, a convite de Rui Semedo, o novo presidente do partido cabo-verdiano.

Para Sérgio Gonçalves, a Madeira enfrenta diversos desafios estratégicos, como é o caso da competitividade da economia, da mobilidade e continuidade territorial, da sustentabilidade ou do combate às desigualdades, sendo que muitos deles são naturalmente idênticos à realidade de Cabo Verde decorrendo da nossa condição insular e ultraperiférica.

De forma a ultrapassar essas adversidades, entende que as regiões da Macaronésia devem encetar políticas e alinhar estratégias para mitigar e superar estes desafios, otimizando os recursos e fundos comunitários disponíveis para o efeito.

“Esta ação concertada, que deve incluir também os Açores e as Canárias, é fundamental para atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável dos nossos territórios insulares”, refere.

Uma cooperação que o presidente do PS Madeira entende necessário fazer, apontando exemplos concretos onde as duas regiões podem colaborar e alargar essa cooperação a toda a Macaronésia: na economia com incentivos à inovação, na transição energética para diminuir a dependência do exterior, e no combate às alterações climáticas.

“A inovação e a digitalização, aplicadas ao setor do Mar, são uma forma de o conseguir, transformando o Oceano Atlântico que nos une numa oportunidade. Uma oportunidade que temos de agarrar, em benefício das nossas regiões e das nossas populações”, referiu.

Sérgio Gonçalves aborda também a necessidade de uma maior colaboração no campo económico com incentivos à inovação e ao empreendedorismo e a uma cultura de cooperação nessa área, aproveitando as ferramentas que temos ao nosso dispor como o Centro Internacional de Negócios da Madeira num papel de plataforma de negócios transcontinental, bem como no ambiente, com uma aposta em mecanismos de monitorização de alterações climáticas.