A Guerra Mundo

Rússia aprova acordo com a Venezuela para exploração do espaço

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A Rússia aprovou um projeto de lei de cooperação com a Venezuela para a exploração do espaço, depois ter renunciado à Estação Espacial Internacional (EEI) como reação às sanções aplicadas àquele país pelo Ocidente, notícia a EFE.

Em comunicado, o Governo russo refere que este projeto-lei sobre o acordo de exploração e investigação do espaço "com fins pacíficos" será remetido à Duma.

A nota explica que este acordo responde à "tendência para a expansão da cooperação bilateral no domínio espacial", e que se prevê desenvolver "projetos conjuntos".

Em novembro de 2021, a Assembleia Nacional da Venezuela tinha aprovado um acordo semelhante, subscrito por outras potências espaciais como a China e a Índia.

A Rússia anunciou na sexta-feira a intenção de construir uma nova estação espacial (ROSS) em substituição da EEI.

Estima-se que a ROSS vai ter seis módulos, onde vão trabalhar no máximo quatro cosmonautas. Serão feitas ainda duas viagens tripuladas e três viagens de carga por ano.

Em 02 de abril, o diretor-geral da Roscosmos (agência espacial russa) anunciou a sua decisão de se retirar da EEI, um símbolo de cooperação espacial durante mais de duas décadas.

Até ao momento, Moscovo estava a considerar participar na EEI até 2024 e, inclusive, até 2030, caso a estação resistisse ao passar do tempo.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.