Madeira

“Quando menos esperamos o passado faz-se presente”

Emanuel Câmara destaca o heroísmo e a coragem dos que lutaram e lutam pela sua Pátria

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Por ocasião da intervenção nas cerimónias do Dia do Combatente, Evocação do Centenário da Participação Portuguesa na Grande Guerra e o 103.º aniversário da Batalha de La Lys, realizadas esta manhã no Porto Moniz, o presidente da Câmara Municipal não esqueceu a guerra na Ucrânia que é hoje “uma realidade muito próxima de nós” para concluir que “quando menos esperamos o passado faz-se presente”. Realidade que reforça a convicção de que “todas as experiências devem ficar-nos ensinamentos” e enaltecer “a valentia e coragem dos que serviram a nossa Pátria como combatentes”.

Na presença das principais autoridades civis e militares, entre as quais de Ireneu Barreto, Representante da República para Região Autónoma da Madeira, José Manuel Rodrigues, presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, e da secretária Rita Andrade, em representação do Governo Regional, o autarca anfitrião lembrou que o Concelho do Porto Moniz se associou ao Movimento dos Municípios pela Paz por reconhecer que “a defesa da paz, da cooperação e da solidariedade são valores fundamentais para o desenvolvimento humano”.

Também disse que “estamos habituados, erradamente, a assinalarmos com mais enfase efemérides com finais felizes e esquecemo-nos que esses finais só se conseguiram muitas vezes com etapas importantes demais para serem esquecidas ou menosprezadas. Há que valorizar todos os momentos da nossa História dando a devida importância a aqueles em que se perderam vidas em que houve homens que deixaram para trás a sua terra e a sua família para servirem o seu país”, defendeu.

Junto ao monumento em honra dos Combatentes do Concelho de Porto Moniz, inaugurado em 2017, Emanuel Câmara, lembrou o cumprimento da promessa assumida no primeiro mandato como presidente do município.

“Cumpri a promessa que havia feito à população deste concelho de erguer estátua de homenagem aos combatentes naturais do Porto Moniz, em particular, e aos combatentes portugueses em geral”. Desta forma “reconhecemos simbolicamente o heroísmo e a coragem” de todos os que “lutaram em nome da nossa Pátria”.

Tal como no Porto Moniz, o monumento em honra dos Combatentes está também patente nos concelhos do Funchal, Machico, São Vicente e Calheta.

“Temos consciência que somos feitos da História e de Memórias e que a ela devemos dar o devido valor”, concluiu.

Antes da cerimónia com honras militares aos mortos em combate e Deposição de Flores na Base do Monumento, a invocação religiosa e toques alusivos às cerimónias, houve celebração religiosa na Igreja Santa Maria Madalena, com missa de sufrágio pelos combatentes falecidos, presidida pelo pároco Ricardo Freitas.