CDS de Nuno Melo, críticas a Costa e elogios a novo livro em destaque no 'Primeira Mão'
Novo governo também mereceu comentários no programa da TSF-M (100FM). Veja o vídeo.
O programa da TSF-M é emitido às quintas-feiras depois das 19 horas, com reposição aos domingos depois das 10 horas
Tornaram a reunir-se os três comentadores do 'Primeira Mão', programa da TSF-Madeira (100FM): Sara Madalena, Francisco Gomes e Liliana Rodrigues.
Uma nova esperança no CDS, agora com Nuno Melo
Com o seu estilo frontal, Sara Madalena começou por comentar o Congresso Nacional do CDS, realizado no último fim-de-semana:
"Nuno Melo foi eleito e com ele a esperança do renascimento dum partido fundamental na democracia portuguesa. De resto, fundador da mesma. Que Nuno Melo saiba unir, sobretudo as bases, não diabolizando quem quer o melhor para o partido, mesmo a custo pessoal, e que saiba ouvir as bases, para que se inteire de tudo o que precisa ser sanado e sarado no partido" Sara Madalena, comentador do 'Primeira Mão'
No programa da TSF, emitido às quintas-feiras depois das 19 horas, com reposição aos domingos depois das 10 horas, a centrista chamou também a atenção para o chumbo do nomeado pela Iniciativa Liberal para vice-presidente da Assembleia da República.
Para Sara Madalena, esta foi uma demonstração de "falta de democracia que não interessa a Portugal e que é bem demonstrativo da ânsia de poder pelos dois partidos do sistema, os mesmos que dividiram as vice presidências: PS e PSD".
"Os portugueses estão fartos de exercícios contabilísticos"
Já Francisco Gomes, outro dos comentadores do 'Primeira Mão', escolheu como alvo o novo Governo da República.
O programa de governo apresentado pelo executivo de António Costa tem falta de ambição, tem falta de rasgo e é apenas mais do mesmo. Como país, estamos há 20 anos a perder, a baixar de divisão, a sermos ultrapassados por países que eram muito mais pobres que nós quando se juntaram à União Europeia, mas o melhor eu o executivo socialista consegue fazer, em resposta, é o regabofe faccioso de bater na mesma tecla e dizer eu estamos a crescer mais que os nossos parceiros europeus. Francisco Gomes, comentador do 'Primeira Mão'
Na leitura de Francisco Gomes, os portugueses estão fartos de exercícios contabilísticos que não reflectem a realidade e visam apenas deixar o governo bem na fotografia.
Aliás, receio que esta miopia estratégica para o futuro não seja só do governo, pois fica a sensação que não há um grupo político em Portugal que não tenha perdido o juízo. Francisco Gomes, comentador do 'Primeira Mão'
Francisco Gomes lembra que "o PIB está a descer, a qualidade de vida dos portugueses está a descer, a esperança das pessoas no futuro está a descer, o poder de compra está a descer, mas ninguém fala de economia, ninguém tem planos exequíveis para o crescimento económico, ninguém resgata o direito das pessoas a viver com dignidade e a única coisa que se vê e que se ouve é mais do mesmo".
E sentencia: "Mas o ‘mais do mesmo’ só nos põe ainda mais perto do fundo do poço".
A importância de combater a ideologia do ódio e do obscurantismo humano
Finalmente, Liliana Rodrigues aproveitou para destacar a obra 'A crise do Islão' da autoria de Francisco Gomes, companheiro comentador no 'Primeira Mão'.
De salientar que a obra foi publicada pela conhecida editora Colibri e o seu lançamento foi em Lisboa, na passada quinta-feira, com a presença de diversas figuras da política regional e nacional, entre amigos e pessoas a quem esta área é importante.
Francisco Gomes lançou em Lisboa a obra 'A crise no Islão'
Francisco Gomes acaba de apresentar em Lisboa a sua décima terceira obra, intitulada ‘A Crise no Islão: Causas e Consequências do Eclipse do Crescente Fértil’.
Entre as cruzadas e a Jihad, entre a subjugação e a violência sobre as mulheres, entre a paz e a concórdia há uma consequência óbvia nesta obra, de fácil leitura e de lisura de escrita, ela implica o debate.
“Não tenho dúvidas que se tornará uma referência académica obrigatória não apenas em cursos de política, relações internacionais ou até de teologia. Há, no entanto, uma pergunta que nos cai no prato e nos obriga, qual martelo nietzscheano, a pensar: qual lugar da diplomacia ocidental?” Liliana Rodrigues, comentadora do 'Primeira Mão'
Liliana vai mais longe e diz que "a verdade é que este livro é escrito e lido à luz do pensamento ocidental". Daí a importância de combater a ideologia do ódio e do obscurantismo humano, explica.
Este trabalho, e citou Francisco Gomes, “procura demonstrar que a busca desorganizada – e, por vezes, violenta – de alguns(...)” deve levar à recuperação da civilização muçulmana através não da pergunta “Quem é que nos fez isto?”, mas sim “O que é que os muçulmanos fizeram ao Islão?”