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Parlamento alemão rejeita obrigatoriedade da vacina a partir dos 60 anos

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FOTO EPA/HOTLI SIMANJUNTAK

A câmara baixa do parlamento alemão (Bundestag) rejeitou ontem a proposta apresentada por vários deputados da coligação governamental, composta por social-democratas, verdes e liberais, para introduzir a obrigatoriedade da vacina contra a covid-19 a partir dos 60 anos.

A proposta, apoiada, entre outros, pelo chanceler alemão, Olaf Scholz, e pelo ministro da Saúde, Karl Lauterbach, foi descartada com 296 votos a favor, 378 contra e nove abstenções.

"Com a vacina obrigatória a partir dos 60 anos, podemos evitar 90% de todas as mortes que poderíamos evitar com uma vacina obrigatória a partir dos 18 anos. Vamos aproveitar esta oportunidade", defendeu Lauterbach aos deputados, no debate anterior à votação.

A incidência acumulada da doença continua a diminuir na Alemanha e situa-se em 1.251,3 novas infeções por 100.000 habitantes nos últimos sete dias.

Na quarta-feira, a incidência era de 1.322,2 novas infeções, há uma semana o valor situava-se nas 1.625,1 e há um mês era de 1.259,2 novos infetados.

As autoridades de saúde alemãs relataram 201.729 novos casos positivos de covid-19 e 328 mortes nas últimas 24 horas, sendo que os casos ativos são cerca de 4.203.800, segundo dados do Instituto Robert Koch (RKI) de virologia atualizados esta madrugada.

A campanha de vacinação está praticamente paralisada, com apenas 51 mil doses administradas na quarta-feira e uma média diária de 36 mil.

Até quarta-feira, 76,6% da população (63,7 milhões de pessoas) foi vacinada, 76% (63,2 milhões) com o esquema completo, enquanto 58,9% (49 milhões) recebeu reforço.

A covid-19 já provocou pelo menos 6,17 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, tendo o coronavírus SARS-CoV-2 sido detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.