Mais uma noticia de destaque no DN de 6/4/22, sobre os animais na Região.

Julgo que baixar os braços e fingir que está tudo bem seria a decisão mais acertada, ou seja, a mais prática até porque é o que tem estado a acontecer até o presente momento, ninguém ajuda nos termos da lei, não sabem nada, não agem porque não têm como, não se mexem porque não se faz nada em prol disso!

Tenho conhecimento de muitas pessoas que pelo simples facto de gostarem de forma diferente dos animais, sim diferente porque muita boa gente não sabe o que é gostar verdadeiramente de um animal, até gozam quando lhes é relatado algum episódio mais carinhoso para com os patudinhos, há ciúmes e criticas ao ponto de compararem que há pessoas a dar mais atenção ao animal que ao filho ou a um idoso da família, eu fico perplexa com o que vejo e que oiço, é surreal a mentalidade humana.

Sei que muitas pessoas e ainda bem que sim, ajudam sem reclamar e sem se exporem, ajudam e acabou, e são essas ajudas que em muito contribuem para ajudar e salvar vidas, não tem apoios de qualquer espécie, agora questiono: se há essa possibilidade, a de haver apoio, o que é que estão há espera para avançar com isso?

É que se fosse para outras entidades, se fosse para o amigo do amigo já estaria mais que resolvido, mas como infelizmente o assunto em questão não interessa a tantas “cabecinhas iluminadas”, cai tudo por terra e passam-se dias, meses e anos e nada mas rigorosamente nada se faz, muito confortável sem sombra de dúvida.

Não é novidade para ninguém que a nossa maior e melhor fonte de riqueza é o Turismo que cá vem das mais variadas partes do mundo, é vergonhosa a forma como se deitam animais para fora das suas vidas como se fosse sacos de lixo a serem recolhidos na próxima passagem do carro do lixo, já assisti a tantos turistas a fazerem vídeos e a relatarem estes episódios macabros e ficam chocadíssimos com esta horrenda realidade, regressam a casa e falam com os amigos e com a família sobre isto, mas questiono novamente: é esta a publicidade que se quer e que se precisa para o nosso destino? Somos uma ilha de terceiro mundo?

Deixo aqui mais uma vez o meu apelo, quem pode “mexer os cordelinhos” para começar a tentar por um fim nestas situações que o faça, mas que o faça com muita garra e persistência porque a batalha a travar será dura, mas continuar a empurrar para o lado não é de todo a solução acertada, está mais do que na hora de mudar este panorama de terror, em nome de todos os animais que são alvo de injustiças, maldades, crime, em nome deles, que venha urgentemente uma lufada de ar fresco!

Mónica Ramalho