Assaltante dos CTT do Estreito condenado a 4 anos de prisão
Victor G., o homem de 32 anos que está em prisão preventiva por ter assaltado à mão armada a estação dos CTT do Estreito de Câmara de Lobos a 28 de Setembro de 2021, foi condenado, esta tarde, no Juízo Central Criminal do Funchal (Edifício 2000), a quatro anos de prisão efectiva. O arguido fugiu do local do crime e só foi detido nove dias depois. A Polícia Judiciária conseguiu identificá-lo graças à impressão digital que deixou numa senha de atendimento.
No julgamento, que começou a 30 de Março, Victor G. confessou o roubo, disse-se "muito arrependido" do que fez mas garantiu que não apontou a faca na direcção do pescoço da funcionária dos CTT. Contudo, o colectivo de juízas presidido por Fernanda Sequeira não deu validade à explicação deste último pormenor, optando antes por considerar provados todos os factos da acusação. Condenou, por isso, o arguido, que é toxicodependente, pelo crime de roubo agravado, tendo em conta que utilizou uma faca e subtraiu uma elevada quantia que estava guardada em local fechado.
O roubo rendeu ao arguido 6.350 euros. No dia posterior ao assalto, Victor G. gastou 750 euros na compra de um automóvel, que por decisão do tribunal foi declarado perdido a favor do Estado. O seguro ressarciu os CTT de 6.000 euros e o arguido entregou à empresa cerca de 350 euros, tendo por isso ficado sem efeito o pedido de indemnização da empresa postal. Ainda assim, foi condenado a pagar cerca de 5.600 euros ao Estado, por corresponder ao valor da vantagem ilegítima obtida.