Aleste regressa à Barreirinha a 28 de Maio
Festival apresenta novo formato de um dia
Conforme noticiou o DIÁRIO na edição impressa desta quarta-feira, 6 de Abril, o Complexo Balnear da Barreirinha, no Funchal, volta a ser palco do Aleste, que prepara um novo formato de um só dia com actuações de Cocanha, João Não & Lil Noon, Ms Nina, Rosie Alena e a dupla Pedro da Linha e Álvaro Romero.
Os bilhetes para o Aleste já se encontram à venda no website do evento pelo preço de 20 euros.
O Festival Aleste é um dos mais jovens eventos a marcar a vida cultural da Madeira desde 2014. O Aleste nasce sob o signo da música, propondo cartazes musicais alternativos que, ao mesmo tempo que acompanham a actualidade.
A edição deste ano conta com a co-produção da Câmara Municipal do Funchal. O programa do festival será hoje apresentado pelas 17h30, no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Concelho.
Conheça os artistas que compõem o cartaz deste ano
Cantora, guitarrista, compositora e intérprete, Lula Pena é dona de uma obra que parece maravilhar todos os que com ela contactam, independentemente da parte do mundo de onde vêm. Phados, Troubadour e Archivo Pittoresco fazem esse percurso pela canção popular global, radicada numa expressão artística singular que entretece tradições de música, som e poesia, toca diferentes perfumes, sotaques, inquietações e esperanças.
Rainha do Neo Perreo, Ms Nina tem vindo a quebrar as barreiras de um género que cresce, nos últimos anos, ao estatuto de música mainstream. Entre a Argentina e Espanha, cresceu ao som de salsas e cumbias, influências que acabariam por levá-la ao universo do reggaeton. Em Perreando por Fuera, Llorando por Dentro, a sua mixtape de estreia, assume-se como a embaixadora de diversidade e da tolerância, cruzando a atitude 'badass' com a vontade de fazer a pista de dança explodir ao som de máximas feministas e rasgadas de inclusão. Chega à Madeira com novo disco na mão, Sabrosura, uma salada sexy temperada a picante e salsero.
Cruzaram-se por Lisboa a convite do festival MIL. Pedro da Linha ingressa a lista de jovens produtores portugueses que, a partir da capital, lhe remisturam a história, tradições e a reencontram com as heranças das suas várias comunidades. Álvaro Romero é Andaluz, e é a partir dessa Espanha mestiça que nos mostra as novas possibilidades do flamenco, num embate directo entre a tradição e a cultura 2.0. Juntos constroem um diálogo em aberto entre a electrónica, o fado, o flamenco, a chula e as demais tradições que, um pouco por toda a Península Ibérica, são histórias de encontro cultural, mútua influência e novas babilónias. A par da atuação no Aleste, a dupla estará em residência de criação na Madeira no âmbito do projecto Carta Branca.
Duas vozes singulares misturam-se numa polifonia transportada pela pulsação dos tamborins, dos pés e das mãos. São assim as Cocanha, fermentadoras do minimalismo e da sinceridade, recriadoras dos arquivos orais e tradicionais da zona onde vivem e trabalham, a Catalunha francesa. Nesta sua primeira passagem pela Madeira trazem-nos Puput, o seu mais recente disco, onde assumem o poder da recuperação das identidades, desafiando-nos a questionar o poder estabelecido que silencia as línguas e dialectos e normaliza os sotaques.
Universo encantado aquele por entre o qual se move Rosie Alena. Algures entre a eterna Joni Mitchell e os novos nomes da música cantautoral como Angel Olsen, Alena tem vindo a trilhar um espaço que é só seu, passo a passo libertando singles de forte densidade emocional e sinceridade intemporal. Para a estreia na Madeira traz Pixelated Images, o seu Ep de estreia, onde compila um conjunto de peças iluminadas por composições eclécticas e as suas capacidades vocais arrepiantes.
Fechar a lista de nomes com um dos cantores do novo fado. João Não nasceu em Gondomar, a partir de onde trabalhou, muitos anos, ligado à escrita e à música. Em terra-mãe estreia-se por novos caminhos, assumindo-se como intérprete de canções ao lado do produtor Lil Noon, colocando-se na linha de nomes como Pedro Mafama e Conan Osiris. Um disco composto por sete temas que servem de ode às origens, ao chão que nos acolhe e nos sustenta os pés em alturas em que a cabeça pouco pousa.
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