Número dois de Hong Kong demite-se a um mês das eleições para chefe do Executivo
Actual líder do território, Carrie Lam, recebeu a carta de demissão do secretário-chefe de Hong Kong, John Lee
O número dois do governo de Hong Kong, John Lee, demitiu-se do cargo, quando falta cerca de um mês para as eleições para a chefia do Executivo, anunciaram hoje as autoridades locais.
A atual líder do território, Carrie Lam, recebeu a carta de demissão do secretário-chefe de Hong Kong e já a submeteu ao Governo Central, de acordo com um comunicado divulgado pelo Governo da região administrativa chinesa.
A imprensa local tem avançado que Lee, responsável pela tutela da segurança durante os protestos de 2019, deverá entrar na corrida para chefe do Executivo de Hong Kong.
O jornal South China Morning Post indicou que Pequim já terá dado o aval a Lee. O diário escreveu que o número dois de Carrie Lam é o único candidato a líder do executivo a ter o apoio do Governo Central chinês.
Lam anunciou, na segunda-feira, que não se candidata a um segundo mandato nas eleições marcadas para 08 de maio.
O chefe do Executivo de Hong Kong é eleito por um comité de 1.462 pessoas, incluindo legisladores, representantes de várias indústrias e profissões e também próximos de Pequim, além de deputados do território no parlamento chinês.
Uma das exigências feita pelos manifestantes em 2019 foi a eleição direta do chefe do Executivo da cidade.
Hong Kong tinha inicialmente marcado a eleição do chefe do Executivo para 27 de março, mas a data foi adiada por seis semanas, numa altura em que a cidade vivia a pior vaga da covid-19 desde o início da pandemia.
Lam disse que realizar as eleições, na data originalmente prevista, ia criar "riscos para a saúde pública".