Testes antigénios deixam de ser comparticipados nas farmácias da Madeira
No entanto, se existir sintomatologia, ou seja febre igual ou superior a 38 graus, os testes permanecem com a comparticipação
O secretário regional de Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos, explicou esta manhã, à margem do ‘III Encontro de Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica’, que os testes antigénios vão deixar de ser comparticipados nas farmácias regionais a partir de amanhã. “Neste momento, já não há a necessidade de estarmos a comparticipar os testes pelos preços que estávamos a comparticipar. Na semana passada, tive a oportunidade de conversar com a presidente da Associação Nacional de Farmácias e explicar qual era a posição da Madeira ”, afirmou, acrescentando que a decisão surge após uma das recentes recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). “O presidente da OMS afirmou que a pandemia está numa fase diferente, com uma evolução diferente, mas que tem sempre de existir um mínimo de rastreios, para termos noção de como está a disseminação da última variante ómicron, ao nível das populações, ou se alguma outra surgiu”, explicou.
Pedro Ramos esclareceu que na Madeira, através do Programa de Vigilância Epidemiológica, que vai durar durante seis meses, os testes vão continuar a ser realizados e só vão ser comparticipados no caso existir sintomatologia, que é a febre igual ou superior a 38 graus. Para além disso, na Região também vai permanecer a vigilância aleatória dos utentes nos estabelecimentos de saúde. “Estamos a testar, mensalmente, cerca de 2% da população, o que corresponde a 5 mil casos”, disse.
Mesmo sem o apoio do Governo Regional, Pedro Ramos acredita que as farmácias vão continuar a realizar testes à população madeirense. "Estamos a crer que algumas farmácias da comunidade vão continuar a fazer testes, assim como alguns laboratórios privados também continuam. O número reduziu, mas isso também vai permitir que se houver testes em termos de stock que possam ser escoados neste programa de vigilância sentinela", frisou.
Na mesma ocasião, o Secretário Regional, mostrou-se surpreendido com a recente decisão do Governo da República, que deixou de comparticipar “seja o que seja” em termos de testes rápidos antigénios, inclusive aqueles que eram gratuitos, que eram dois por mês. “Portanto, o Governo Português toma uma decisão semelhante aquela que a Madeira tomou já há quinze dias quando anunciou que de facto o preço destes testes, que o Governo continua a comparticipar, tinham que ser mais reduzidos, até porque estamos numa fase diferente da pandemia”.