António Guterres visita Senegal, Níger e Nigéria entre sábado e quarta-feira
O secretário-geral da ONU, António Guterres, realiza entre sábado e quarta-feira visitas ao Senegal, Níger e Nigéria, o que lhe permitirá destacar as consequências da invasão russa da Ucrânia no continente africano, anunciaram as Nações Unidas.
Depois de ter viajado esta semana para a Rússia e a Ucrânia, Guterres chegará ao Senegal na noite de sábado, dia do seu 73.º aniversário, para uma visita oficial nos dias 01 e 02 de maio.
O responsável das Nações Unidas viajará depois para o Níger, onde permanecerá até terça-feira antes de terminar na Nigéria, que visitará em 03 e 04 de maio.
António Guterres participará no Senegal na celebração que assinala o fim do Ramadão, com o Presidente Macky Sall, que detém presentemente a presidência da União Africana, anunciou o vice-porta-voz da ONU, Farhan Haq, durante a conferência de imprensa diária da organização.
Durante a sua viagem, António Guterres também se encontrará com os Presidentes do Níger, Mohamed Bazoum, e da Nigéria, Muhammadu Buhari.
Nos três países, Guterres terá também encontros com representantes da sociedade civil e líderes religiosos, acrescentou o porta-voz.
Também estão previstos encontros com vítimas de violência, instabilidade e terrorismo no Sahel.
O secretário-geral das Nações Unidas visitou a Rússia e a Ucrânia entre terça e quinta-feira, onde se encontrou com os Presidente Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky para tentar encontrar um consenso para o fim da guerra entre os dois países, desencadeada pela invasão russa em 24 de fevereiro.
A viagem de Guterres à Rússia aconteceu num momento em que o secretário-geral da ONU foi alvo de críticas pela sua alegada passividade em tomar medidas concretas para travar a guerra na Ucrânia.
Quando se encontrava ainda em Kiev, após um encontro com Zelensky, Guterres foi surpreendido com um bombardeamento russo contra a capital ucraniana.
Kiev foi alvo de pelo menos dois bombardeamentos por parte das forças russas enquanto decorria a visita do secretário-geral da ONU.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e essa ofensiva militar provocou já a morte de cerca de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.