JPP questiona fusão de escolas na Ponta do Sol
O juntos Pelo Povo (JPP) esteve este domingo, dia 3 de Abril, na Ponta do Sol, onde voltou a criticar a fusão de escolas, acusando a Secretaria Regional da Educação de manter uma "atitude prepotente" - do “eu quero, posso e mando” - em relação ao tema.
Esta manhã, junto à escola do Lombo de São João, na Ponta do Sol, o deputado Paulo Alves disse que a fusão das escolas é “o primeiro passo para o seu encerramento” e quem neste momento, "todo o processo está a decorrer de forma unilateral, sem ouvir ou valorizar a opinião da direção da escola, dos professores ou dos sindicatos que os representam, sem ouvir as autarquias locais ou até mesmo os próprios pais”.
No caso desta escola em particular, o parlamentar questiona a Secretaria de Educação sobre o destino dos seus com 50 alunos, exigindo ao secretário com a tutela que “assuma e esclareça de uma vez por todas as decisões da sua Secretaria”.
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Paulo Alves recorda que, com a fusão destas escolas, os pais e alunos ficarão a quilómetros de distância quando “a escola do Lombo de São João tem excelentes condições, inclusive, vêm cá praticar educação física os utentes do CACI da Ponta do Sol bem como aulas de educação física da responsabilidade dos serviços da autarquia local”.
“A secretaria fala em falta de alunos, mas apenas faz referência aos do 1º ciclo. Não interessa dizer que é aqui nesta escola que se confeciona a alimentação para os 27 utentes do CACI da Ponta do Sol; que nesta escola estão 15 crianças no pré-escolar e frequentam o ensino recorrente 13 alunos, com previsão de serem 20 a 25 no próximo ano letivo. Não interessa à Secretaria dizer que no próximo ano letivo há uma forte possibilidade de aumentar o número de crianças nesta escola”, salienta o deputado do JPP.
Paulo Alves sublinha que, "além do ensino, esta escola tem uma componente social bastante evidente e colabora para a manutenção da economia local". “O seu encerramento irá prejudicar, e muito, o comércio local, logo, as famílias que dependem desse trabalho”, sustentou.
Evidencia ainda que "com a fusão destas escolas, há uma reorganização administrativa com sobrecarga de trabalho para o director, além da redução do número de docentes e educadores, prejudicando a concretização de projetos educativos”. Ou seja, tudo motivos que, a seu ver, acabam por "penalizar o processo de ensino-aprendizagem dos alunos”.