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A liberdade que defendemos e que nem todos sabem respeitar

É caso para perguntar onde estiveram os socialistas Madeirenses nestes últimos seis anos

Num tempo em que o mundo e particularmente a Europa, atravessam uma triste guerra que nos abala a vários níveis e que coloca, precisamente em causa, valores que nos são essenciais como a liberdade, urge separar o essencial do acessório.

Urge refletir, olhando para mais um 25 de abril assinalado, no quão importante é manter viva a luta pela democracia e pelo direito dos cidadãos a serem livres, a terem poder de escolha e voz ativa naquele que é o seu destino.

Uma luta que deve, aliás, ser reforçada e aprofundada para o futuro - contando com todos e em particular com as novas gerações - não só na perspetiva de combater o abuso resultante da expansão dos regimes ditatoriais que rompem, a olhos vistos, com a defesa destes valores essenciais mas, também, em nome do cumprimento daquela que é a nossa afirmação autonómica.

Defender a liberdade é, também, garantir que nos respeitem nessa mesma liberdade e nos nossos direitos. E há quem não saiba fazer nem uma coisa nem outra. Há quem tenha desrespeitado - e muito - as nossas lutas, os nossos problemas e até as nossas conquistas.

É certo que fizemos um caminho inquestionável de progresso e desenvolvimento do qual nos orgulhamos, particularmente quando olhamos para a evolução que fomos capazes de imprimir à nossa terra.

Mas também é verdade que temos ainda muito a percorrer, quer na exigência daquelas que são as nossas legítimas aspirações, quanto no que toca ao aprofundamento dos nossos poderes e às garantias que se esperam que este Governo da República finalmente cumpra, a favor da Madeira e dos Madeirenses.

Quando vivemos num País que caminha a passos largos para a cauda da Europa e no qual não se vislumbra qualquer capacidade, por parte de quem governa Portugal, para inverter este ciclo e garantir melhores salários, menos impostos, serviços e respostas públicas de excelência, condições de investimento e desenvolvimento e, claro, oportunidades de realização e fixação dos mais jovens, é sinal que falta cumprir abril.

Que falta vontade nacional para honrarmos, conjuntamente, a luta, a entrega e o sacrifício que foi de muitos para que hoje chegássemos aqui.

E que falta, acima de tudo, compromisso com o futuro, sendo evidente, em especial no que toca à Madeira, uma teimosa e repetitiva incapacidade de corresponder àquilo que se promete e às necessidades e expectativas dos nossos cidadãos.

Desenganem-se os que pensam que a demagogia e a mentira barata resolvem seja o que for. Os Madeirenses, que felizmente não têm memória curta, sabem isso e têm sabido dar a sua resposta quando são chamados a escolher, livremente, aqueles em que confiam.

Desenganem-se os que afirmam, na sua já habitual e desesperada tentativa de protagonismo, que “agora é que é, que agora é que vai ser, que agora é que tudo vai ser cumprido”, porque na realidade e caso não estejam lembrados, o Primeiro-Ministro foi reeleito para o lugar que ocupou nos últimos seis anos.

É caso para perguntar onde estiveram os socialistas Madeirenses nestes últimos seis anos, aqueles que agora se assumem os mais defensores da Região e os mais capazes, sem que todavia algo tenham feito para que hoje, em variadíssimos dossiês, a nossa situação fosse bem diferente.

Seis anos sem respostas fundamentais que esperamos que agora nos cheguem, na base do diálogo, da concertação e da congregação de sinergias a que estamos - e a que sempre estivemos - dispostos, até porque acreditamos que as soluções que atualmente faltam à Madeira envolvem os dois lados e exigem linhas condutoras comuns.

Não será por nossa causa - como, aliás, nunca foi - que os problemas ficarão por resolver. Sobretudo porque, ao contrário de outros que prometem mundos e fundos e que se resumem a um saco cada vez mais vazio e a uma mão cheia de nada, o PSD/Madeira sempre foi – e continua a ser – o Partido das soluções.

O único Partido que ouve a sua população, que identifica os problemas e que encontra, a cada momento e em função das circunstâncias, a melhor forma de os resolver.

Todas as estruturas do nosso Partido – sejam os TSD, que amanhã realizam o seu Congresso Regional, seja a JSD, sejam os Autarcas – têm seguido e assumido esta linha de pensamento e de atuação como bandeiras e a verdade é que, ao fazê-lo, prestamos o nosso contributo ao Partido que somos e a esta Região com a qual temos, sim, um compromisso a cumprir e muitos sonhos para colocar em marcha.

Colocando-nos, verdadeiramente, ao serviço dos nossos cidadãos e elevando a política naquilo que ela tem de melhor, sigamos em frente, neste desafio constante que é a defesa da nossa liberdade e a garantia do respeito por aquilo que fomos, que somos e que queremos ser.