2.ª fase de empreendimentos habitacionais a custos controlados poderá derrapar
Inflação pode obrigar a reajustamento de preços na oferta pública promovida pela IHM
Os 44 milhões de euros reservados para financiar os 247 fogos previstos serem construídos na 2ª fase de candidaturas da oferta pública a ser lançada pela IHM, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), poderá não ser suficiente. Isso mesmo admitiu hoje o president do Governo Regional, por ocasião da apresentação pública do projecto para a construção de edifício de habitação multifamiliar composto por 42 fogos, junto à escola do Carmo, em Câmara de Lobos, mais um investimento habitacional que surge na sequência da Oferta Pública para a aquisição de fracções habitacionais no âmbito do PRR.
O encarecimento dos materiais de construção civil e demais produtos poderá obrigar o Governo Regional a rever o plano de investimentos de habitação a custos controlados.
Agora que a 1ª fase da oferta pública lançada pela IHM já tem “quase metade dos fogos lançados”, todos “dentro daquilo que era a nossa estimativa de preços”, Albuquerque admite que doravante, sobretudo na 2ª fase, os valores da construção tenham de ser revistos.
“Não houve derrapagem dos preços, mas é natural que venha a acontecer alguma subida”, por isso assume como expectável que tal possa “levar a um ajustamento dos preços”.
Uma vez que o sector imobiliário na Madeira regista grande atractividade, realidade que tem levado à “subida dos preços em quase todos os concelhos da Madeira”, o Governo Regional considera que além da jabitação cooperativa, a aposta em habitação a custos controlados determinante para “colmatar e atenuar o efeito que é muito positivo para a economia da Madeira”.
Em causa os 128 milhões de euros do PRR previstos “investir em todos os concelhos em habitação” para “evitar aquilo que se passou em cidades como o Porto e Lisboa onde a subida abrupta do preço das habitações levou a que os habitantes não consigam encontrar casas a preços acessíveis para poderem habitar, sobretudo as novas gerações”.
A oferta pública que tem vindo a ser lançada pela IHM visa “a oferta de habitações a preços acessíveis para todas as classes sociais, sobretudo para os jovens casais”. Albuquerque realça que importa “aprender com aquilo que sucedeu noutras cidades do pais” e “evitar que [o mesmo] aconteça na Madeira”.
Só no Município de Câmara de Lobos a IHM prevê construir nas duas fases deste programa um total de 177 habitações.