Euro negocia abaixo de 1,05 dólares, mínimo desde Janeiro de 2017
O euro negociou hoje abaixo da barreira de 1,05 dólares, um mínimo desde janeiro de 2017, perante a crise energética entre a Rússia e a União Europeia (UE), embora tenha recuperado mais tarde.
O euro estava a ser negociado por volta das 09:45 em Lisboa a 1,0525 dólares, contra 1,0542 dólares na quarta-feira no mercado monetário europeu.
A crise energética na Europa desencadeou a compra de dólares, uma moeda refúgio para os investidores em tempos de incerteza acrescida, e está perto da paridade com o euro.
"A velocidade da subida do dólar deverá levar a alguma tomada de lucros no final do mês", preveem analistas da UniCredit citados pela Efe.
Contudo, acrescentam, o dólar é reforçado pela tendência dos investidores para evitar o risco de a Rússia acabar com o fornecimento de gás natural a outros países além da Polónia e da Bulgária e a possibilidade de novos confinamentos em Pequim.
O euro depreciou-se quase 6% em relação ao dólar em abril, de acordo com os cálculos do UniCredit.
A divergência entre as políticas monetárias da Reserva Federal (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE) está a pressionar o dólar para cima porque o BCE é relativamente menos agressivo, e porque se espera que a política monetária do BCE se aperte a um ritmo mais lento do que a da Fed.
Os analistas da UniCredit esperam que o BCE se mostre verbalmente mais agressivo para travar a rápida depreciação do euro.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, admitiu na quarta-feira a possibilidade de aumentar as taxas de juro no verão.
A moeda única foi negociada numa banda de flutuação entre 1,0481 dólares e 1,0565 dólares.