Kiev pede no Conselho de Segurança justiça por crimes de tropas russas
A vice-ministra das Relações Exteriores ucraniana, Emine Dzhaparova, apelou hoje no Conselho de Segurança a que as relações com a Rússia não sejam reatadas antes de ser feita justiça pelos crimes das tropas russas em solo ucraniano.
"Cada um dos soldados que cometeu atrocidades deve ser levado à justiça. Aqueles que violaram meninas e lhes partiram os dentes, aqueles que mataram ciclistas, aqueles que fuzilaram pessoas na fila do pão, destruíram maternidades. Estas pessoas têm caras e nomes e devem ser levadas à justiça", apelou Emine Dzhaparova.
"Quando o Presidente russo, Vladimir Putin, cair - e ele vai cair -, não podemos restaurar relações com a Rússia sem que seja feita justiça", acrescentou, numa reunião do Conselho de Segurança denominada "Garantir a responsabilização pelas atrocidades cometidas na Ucrânia".
No mesmo sentido, vários diplomatas junto da ONU pediram a responsabilização criminal de cada militar que cometeu atrocidades na Ucrânia, como violações sexuais ou homicídios arbitrários.
Aludindo aos vetos russos no Conselho de Segurança que condenavam a sua invasão da Ucrânia, a representante norte-americana, Beth Van Schaack, ironizou que a "Rússia não poderá vetar a sua responsabilização pelas atrocidades cometidas".