Produtos contrafeitos ou pirateados apreendidos aumentaram 112% em 2021
As autoridades portuguesas apreenderam quase três milhões de produtos contrafeitos ou pirateados em 2021, um aumento de cerca de 112% em relação a 2020, revelou hoje a Polícia de Segurança Pública.
Os dados avançados pela PSP constam do relatório de atividades 2021 do Grupo Anti-Contrafação (GAC), que inclui as apreensões efetuadas pela Autoridade Tributária, Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana e ASAE, e aprovado na reunião de alto nível do GAC.
Segundo o relatório do GAC, as apreensões efetuadas pela AT, PSP, GNR e ASAE ascenderam em 2021 a 2.941.505 unidades de produtos contrafeitos ou pirateados.
A GAC refere que este número "é um sinal inequívoco de que, apesar das contingências impostas pela pandemia, as entidades portuguesas continuaram a realizar o seu trabalho com a mesma tenacidade e resiliência".
"Relativamente à evolução do número de apreensões verificamos que, em 2021, houve um aumento significativo do número de apreensões face a 2020, de cerca de 112%", precisa a PSP.
A maioria dos produtos apreendidos no ano passado foram alimentos e bebidas (1.096.052), vestuário (557.836), calçado (69.826), acessórios, como óculos, cintos e malas, (37.495), e telemóveis (37.084).
Os alimentos, bebidas e vestuário foram os produtos apreendidos que registaram um maior aumento de 2021 face a 2020.
Em comunicado, a PSP sublinha que a contrafação e a pirataria são "fatores disruptivos e parasitários que agravam estas disparidades ao minarem o trabalho, a criatividade, a competitividade e os esforços em inovação explorando as desigualdades, carências e fragilidades das pessoas e do sistema, tendo em vista apenas o lucro e o benefício das grandes organizações criminosas".
Segundo aquela força de segurança, estes fenómenos "são altamente prejudiciais para a economia, com repercussões graves na competitividade das empresas, sendo igualmente graves para o consumidor, particularmente a contrafação quando relacionada com produtos que colocam em risco a sua segurança, a saúde pública e o ambiente".