A Guerra Mundo

Número de refugiados ultrapassa os 5,3 milhões de pessoas

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Mais de 5,3 milhões de ucranianos fugiram do país desde a invasão da Rússia, em 24 de fevereiro, um número que a ONU prevê que aumente para 8,3 milhões até ao final do ano.

Segundo dados hoje divulgados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), já deixaram o seu país 5.317.219 ucranianos, mais 52.452 pessoas do que a contagem divulgada na terça-feira.

Este é o maior afluxo de refugiados desde a II Guerra Mundial, sendo que cerca de 90% dos que fugiram são mulheres e crianças, já que as autoridades ucranianas não permitem a saída de homens em idade militar.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM), também ligada às Nações Unidas, indicou que mais de 7,7 milhões de pessoas estão deslocadas dentro do país, sendo que quase dois terços das crianças tiveram de fugir de suas casas.

Antes do conflito, a Ucrânia era povoada por mais de 37 milhões de pessoas nos territórios controlados por Kiev -- entre os quais não se incluem a Crimeia (sul), anexada em 2014 pela Rússia, nem as áreas a leste sob controlo dos separatistas pró-russos há oito anos.

A Polónia continua a ser o país para onde os ucranianos mais fogem, tendo já recebido 2,94 milhões de pessoas.

Ao mesmo tempo, mais de 800.000 pessoas cruzaram a fronteira polaca para a Ucrânia, número composto por homens ucranianos que viviam naquele país e decidiram juntar-se ao exército ou residentes que regressaram a casa, referiu hoje a guarda fronteiriça da Polónia.

O segundo país que recebeu, até hoje, mais refugiados é a Roménia, para onde fugiram 793.420 ucranianos, enquanto a Rússia acolheu cerca de 627 mil, a Hungria 502 mil, a Moldova 437 mil e a Eslováquia 360 mil.

A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.